Petróleo sobe com esperanças em negociações entre Rússia-Ucrânia e EUA-China

Os contratos futuros de petróleo fecharam o dia quase estáveis nesta sexta-feira, 17, com investidores atentos às expectativas pelo encontro entre os presidentes Donald Trump (EUA) e Vladimir Putin (Rússia), que deve ocorrer nas próximas semanas para discutir o fim do conflito na Ucrânia.

Além disso, o mercado acompanha as recentes notícias sobre as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, após o presidente republicano minimizar as preocupações relativas às tarifas aplicadas contra a potência asiática.

O petróleo WTI para dezembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), encerrou com alta de 0,28% (US$ 0,16), a US$ 57,15 por barril. O Brent para dezembro, cotado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), avançou 0,38% (US$ 0,23), a US$ 61,29 por barril. No acumulado da semana, as cotações caíram 2,97% e 2,3%, respectivamente.

Em meio à reunião com o presidente ucraniano Volodimir Zelenski, Trump indicou que Putin deseja encerrar a guerra na Europa Oriental e comentou que o encontro com o líder russo será importante.

“A ligação de ontem com Putin foi positiva; as negociações estão evoluindo bem para o fim do conflito”, disse Trump aos jornalistas. Normalmente, as expectativas de uma descontração entre Rússia e Ucrânia pressionam para baixo os preços do petróleo.

Analistas da corretora Naga ressaltam que uma próxima reunião entre Trump e Putin gera especulações sobre uma possível flexibilização das sanções aplicadas a Moscou, o que poderia elevar a oferta global de petróleo. Conforme o ANZ Research, essa notícia reduz os temores sobre restrições no abastecimento, contribuindo para a queda nos preços do combustível.

Na mesma sexta-feira, Trump afirmou em entrevista à Fox Business que as altas tarifas impostas à China não permanecerão e reforçou que as relações entre as duas maiores economias do mundo melhorarão. Ele também anunciou um possível encontro com o presidente chinês na Coreia do Sul ainda neste mês.