Petróleo sobe com riscos de cortes na produção e espera pelo Fed

Os contratos futuros de petróleo encerraram em alta nesta terça-feira, 16, impulsionados pelas tensões geopolíticas crescentes, revertendo o movimento inicial do dia. Os investidores aguardam a decisão do Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, marcada para quarta-feira, quando se espera amplamente um corte nas taxas de juros, além de considerarem a possível redução da produção de petróleo pela Rússia após ataques ucranianos a uma refinaria russa.

O petróleo WTI para outubro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), subiu 1,93% (US$ 1,22) para US$ 64,52 por barril, enquanto o Brent para novembro, na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), avançou 1,53% (US$ 1,03) para US$ 68,47 por barril.

O mercado está atento à decisão do Fed sobre a política monetária dos EUA, na expectativa de que o corte nos juros estimule a atividade econômica e o consumo do petróleo.

Fontes consultadas pela Reuters indicam que a estatal russa Transneft alertou os produtores sobre a possível necessidade de redução da produção devido aos recentes ataques. No domingo, drones ucranianos atingiram a refinaria de Kirishi, localizada no noroeste da Rússia.

O presidente dos EUA, Donald Trump, continua pressionando países europeus e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) a cessarem a compra de petróleo russo. Em contrapartida, a União Europeia anunciou o adiamento indefinido do 19º pacote de sanções contra a Rússia, que poderia incluir novas restrições às vendas de petróleo.

Apesar das recentes altas, uma queda no preço do petróleo é prevista até o final do próximo ano, conforme análise de Hamad Hussain, analista da Capital Economics. Essa alteração nos preços seria provocada pelo aumento dos estoques globais, decorrente de uma demanda enfraquecida e do aumento da oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).