Economia
Petróleo sobe com tensão global

Os contratos futuros de petróleo encerraram em alta nesta quinta-feira, 28, impulsionados por tensões globais, com o aumento dos conflitos sobrepondo as previsões de excesso de oferta da commodity.
Os ataques da Rússia à Ucrânia e as declarações de líderes geram dúvidas sobre as recentes negociações diplomáticas para resolver o conflito.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou com alta de 0,70% (US$ 0,45), a US$ 64,60 o barril. Já o Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 0,80% (US$ 0,54), a US$ 67,98 o barril.
As tarifas e sanções contra a Rússia, juntamente com ataques às instalações petrolíferas russas, mantêm os preços do petróleo firmes, mesmo com o esperado excesso de oferta que poderia pressionar os valores, especialmente após o consumo maior no Oriente Médio para refrigeração no verão e o fim da alta temporada de viagens, segundo Anthony Yuen, do Citi Research.
Ele destaca que o incremento na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) foi menor do que previsto, e que a Índia pode estar diversificando suas compras de petróleo russo mais do que divulgado.
O Citi mantém a previsão média para o Brent no terceiro trimestre em US$ 66 o barril, e projeta US$ 63 no quarto trimestre, prevendo que o excesso de oferta começará a impactar mais a balança entre oferta e demanda até o fim do ano.
A Rússia lançou um ataque em Kiev com drones e mísseis, atingindo prédios diplomáticos da União Europeia e do Reino Unido.
A chefe de Relações Exteriores da UE, Kaja Kallas, anunciou que convocará o embaixador russo na União Europeia. O chanceler alemão, Friedrich Merz, afirmou que está “claro” que a esperada reunião entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder ucraniano, Volodimir Zelenski, não acontecerá.
Merz comentou que seus escritórios discutirão o conflito na Ucrânia considerando a certeza do cancelamento do encontro, diferente do que foi acordado na semana passada.
Alemanha, França e Reino Unido avançaram na reimposição de sanções da ONU ao Irã devido ao programa nuclear do país, isolando ainda mais Teerã após ataques a suas instalações nucleares.
Esse processo, projetado para evitar veto na ONU, pode vigorar já em outubro, podendo congelar ativos iranianos no exterior e aplicar outras medidas rigorosas que afetarão a economia debilitada do país.

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