Petróleo sobe mais de 2% na semana com tensões geopolíticas

Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta sexta-feira, 5, em alta, refletindo o impasse nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. Além disso, as tensões entre os EUA e a Venezuela continuam no foco dos investidores.

O petróleo WTI para janeiro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou com valorização de 0,69% (US$ 0,41), cotado a US$ 60,08 o barril. O Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), registrou alta de 0,77% (US$ 0,49), sendo negociado a US$ 63,75 o barril. Na soma da semana, os aumentos foram de 2,61% e 2,2%, respectivamente.

De acordo com a Ritterbusch, os investidores do setor energético acompanham atentamente as notícias provenientes do Mar Negro, observando que o presidente Vladimir Putin não demonstra disposição para renunciar a reivindicações territoriais.

“É provável que os ataques com drones a instalações da infraestrutura petrolífera russa, como refinarias e locais de armazenamento, sejam retomados”, explica a análise, ressaltando que esses eventos tendem a sustentar os preços do petróleo no curto prazo.

Entretanto, a produção de petróleo em outras regiões pode exercer pressão descendente sobre os preços a longo prazo, mantendo-os na faixa entre US$ 55 e 59 por barril, segundo previsão da Ritterbusch.

Reportagens recentes indicam que países do G7 e a União Europeia (UE) estão em discussões para substituir o teto de preço nas exportações de petróleo russo por uma proibição completa dos serviços marítimos, medida que visa limitar as receitas de Moscou, que exporta mais de um terço da sua produção através de navios ocidentais.

Mais cedo, Putin reafirmou que a Rússia está pronta para manter o fornecimento contínuo de petróleo para a Índia, apesar das sanções impostas pelo governo americano.

As tensões entre os EUA e a Venezuela persistem, com relatos de um novo ataque contra embarcações no Pacífico que resultou em quatro mortos na quinta-feira.

Informações colhidas da Dow Jones Newswires.