Conecte Conosco

Notícias Recentes

PF diz que deputado Júnior Mano teve papel chave em fraude eleitoral no Ceará

Publicado

em

A Polícia Federal indicou que o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) desempenhava um papel fundamental em um esquema suspeito de fraudes eleitorais, envolvendo também o desvio de recursos provenientes de emendas parlamentares.

Essas informações foram registradas em uma decisão da Justiça Eleitoral do Ceará, que, com base nas evidências apresentadas pela PF, encaminhou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) devido à imunidade legal do parlamentar.

Júnior Mano foi alvo de mandados de busca e apreensão na operação Underhand, iniciada para aprofundar as investigações sobre fraudes em licitações vinculadas a emendas. O gabinete do deputado na Câmara dos Deputados, assim como seus endereços em Brasília e no Ceará, foram inspecionados pelos agentes federais.

Em resposta, a assessoria do deputado negou qualquer irregularidade, afirmando que ao final das apurações a sua conduta será considerada correta. O comunicado destacou que Júnior Mano não possui envolvimento em atos administrativos nas prefeituras do Ceará.

Ele não participa de processos licitatórios, autorização de despesas ou fiscalização de contratos. Como parlamentar, não exerce funções executivas ou administrativas em prefeituras, nem integra comissões relacionadas a licitações ou gerenciamento financeiro“, explica a nota, que reforça ainda o compromisso do deputado com a legalidade e transparência pública.

Na decisão judicial, o juiz eleitoral Flavio Bastos Sousa relata que recebeu um relatório em 18 de dezembro de 2024, que indicava que Júnior Mano desempenhava papel decisivo na manipulação das eleições, através da compra de votos e da alocação de recursos públicos desviados de empresas ligadas ao grupo criminoso.

Existe também indícios do envolvimento direto do deputado no desvio de recursos oriundos de emendas parlamentares, que eram usados para sustentar o esquema e fortalecer sua base política“, acrescenta o magistrado.

No total, 15 mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelo STF, abrangendo Brasília, Fortaleza e outras quatro cidades no Ceará. O Supremo determinou ainda o bloqueio de R$ 54,6 milhões em contas de investigados, incluindo pessoas físicas e jurídicas. O processo está sob a jurisdição do ministro Gilmar Mendes, com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).

A investigação teve início devido a uma denúncia feita pela prefeitura de Canindé, no Ceará.

Clique aqui para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe um Comentário

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados