Destaque
PF inaugura laboratório para análise de DNA em investigações de crimes sexuais
Tecnologia permitirá análise simultânea de mais de 40 amostras, com capacidade anual de processamento de 5 mil vestígios. Cerca de 100 mil amostras aguardam análise no país.
A Polícia Federal inaugurou nesta quarta-feira (11) um laboratório no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, para análise de DNA em investigações de crimes de violência sexual.
O novo laboratório de perícia é dotado de uma plataforma para extração e análise de DNA. O equipamento permite a diferenciação do DNA, separando frações masculinas e femininas, e a análise simultânea de 40 amostras.
As amostras de DNA são incluídas no Banco Nacional de Perfis Genéticos, que reúne perfis genéticos de condenados, investigados e vestígios de locais de crime.
Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que participou da cerimônia de inauguração, a inserção de vestígios localizados em cenas de crime auxilia a investigação e a identificação de criminosos.
“Esse robô aumenta muito a capacidade de processamento da análise dos vestígios relacionados a crimes sexuais. Realiza o exame simultâneo de mais de 40 amostras e com uma capacidade anual de 5 mil vestígios sendo processados”, disse Moro.
De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, Marcos Camargo, a tecnologia auxiliará na resolução de crimes.
“Os crimes sexuais, na maioria das vezes, só podem ser elucidados por meio de investigação científica. É muito raro uma prisão em flagrante de um caso desses. Por isso, investir em tecnologias como esse novo laboratório é fundamental para o Brasil reverter o quadro de baixa taxa de solução de crimes”, disse Camargo.
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, existem aproximadamente 100 mil vestígios que carecem de análise no país. Segundo o ministro Sergio Moro, essas amostras serão analisadas progressivamente pela nova tecnologia.
Em Brasília, a Polícia Federal atenderá inicialmente as demandas de Acre, Alagoas, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Tocantins. A tecnologia também será utilizada em laboratórios em São Paulo e no Rio Grande do Sul.
Você precisa estar logado para postar um comentário Login