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PF investiga ex-secretário da Previdência por propina de R$50 mil

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A Polícia Federal conduz uma investigação sobre suspeitas de corrupção envolvendo o ex-secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, que teria recebido uma propina de R$ 50 mil em um esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), relacionado ao desvio de aposentadorias e pensões.

Adroaldo foi afastado do cargo recentemente após a Operação Sem Desconto, realizada pela PF em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), que incluiu a emissão de um mandado de prisão domiciliar contra ele.

Durante as investigações, a polícia apreendeu em abril um disco rígido na residência de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, contendo planilhas detalhadas que registravam movimentações financeiras das associações e empresas ligadas a ele. Nos registros constavam pagamentos a diversas pessoas físicas e jurídicas, incluindo uma entrada de R$ 50 mil identificada como para “ADRO”.

O inquérito detalha que Adroaldo foi assessor do senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do governo no Senado, entre 2019 e 2023, e posteriormente ocupou o cargo de Secretário do Regime Geral de Previdência Social na mesma pasta.

O senador Weverton Rocha também foi alvo de busca e apreensão na operação. De acordo com a PF, ele teria se beneficiado dos recursos desviados do INSS, sendo que o enriquecimento do “Careca do INSS” foi possibilitado pelo seu apoio político.

Além disso, desde junho de 2023, o filho de Adroaldo trabalha como ajudante parlamentar intermediário no gabinete do senador. A PF identificou movimentações suspeitas envolvendo Adroaldo, seu filho e uma servidora do Ministério da Previdência.

Pedido de prisão negado

A Polícia Federal solicitou a prisão do senador, mas a solicitação foi recusada pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro reconheceu a existência de fortes indícios da participação do parlamentar, mas avaliou que a prisão poderia causar consequências graves.

Segundo a decisão, a PF aponta que o senador Weverton Rocha teria se beneficiado de valores ilícitos provenientes de descontos associativos fraudulentos, mantendo relações próximas com os integrantes da organização criminosa investigada.

O documento oficial destaca que o senador atuava como líder e sustentador das atividades financeiras de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, figura chave do esquema.

Durante as apurações, os investigadores encontraram um arquivo Excel denominado “GRUPO SENADOR WEVERTON” em conversas entre funcionários do “Careca do INSS”, além de fotos do parlamentar dirigindo-se a uma aeronave de propriedade do mesmo.

Resposta do senador

Em comunicado, o senador Weverton Rocha declarou que a operação em sua residência foi uma surpresa e que está disposto a prestar todos os esclarecimentos necessários assim que tiver acesso completo ao teor da decisão judicial.

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