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PF investiga irmão e primo de Elmar Nascimento por suspeitas em emendas

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A Polícia Federal (PF) iniciou a quinta fase da Operação Overclean, que apura fraudes em licitações, desvio de dinheiro de emendas parlamentares, corrupção e lavagem de dinheiro. Entre os investigados estão o irmão do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA), líder importante do Centrão no Congresso, o prefeito de Campo Formoso (BA), Elmo Nascimento, e seu primo, vereador no município, Francisquinho Nascimento (União).

A PF encontrou cerca de R$ 10 mil em dinheiro escondidos nos sapatos do vereador. O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o bloqueio de R$ 85,7 milhões em contas vinculadas aos investigados.

Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em Campo Formoso, Salvador, Senhor do Bonfim, Mata de São João (BA), Brasília e Petrolina (PE). Também houve o afastamento cautelar de um servidor público. O deputado não foi diretamente alvo da operação.

A PF informou que os crimes investigados envolvem organização criminosa, obstrução de investigação, corrupção ativa e passiva, peculato, fraudes em licitação e lavagem de dinheiro.

Outros casos destacados na investigação envolvem deputados e servidores de diferentes estados, acusados de participação em esquemas semelhantes, todos negando as irregularidades.

Em dezembro de 2024, Francisquinho Nascimento foi preso após lançar pela janela de sua casa uma mala contendo mais de R$ 200 mil em dinheiro vivo. Ele está sob investigação por favorecimento a empresas ligadas às licitações de Campo Formoso. Antes de assumir como vereador em 2024, ocupou cargo na prefeitura local.

A investigação principal foca na família de Elmar Nascimento, que teria indicado as emendas parlamentares alvo dos desvios.

Também foi alvo da operação o ex-presidente da Codevasf, Marcelo Moreira, com busca e apreensão realizadas. O pai dele foi preso por porte ilegal de arma. Eles não se manifestaram sobre o caso.

A apuração mira convênios da Codevasf firmados em 2022 com a prefeitura de Campo Formoso, com licitação fraudada em 2023. A Codevasf afirmou manter compromisso com a investigação e cooperar integralmente com as autoridades.

A ação foi feita em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e Receita Federal. A operação Overclean já realizou quatro fases anteriores, com várias prisões e afastamentos de prefeitos e assessores.

Em fases passadas, a PF estimou que o esquema criminoso movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão com contratos fraudulentos e superfaturados, tendo cumprido mandados na capital baiana na casa do empresário conhecido como “Rei do Lixo”, José Marcos de Moura.

A Operação Overclean começou investigando desvios de emendas destinadas ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), envolvendo pagamento de propinas para garantir contratos públicos.

José Marcos de Moura, apelidado de Rei do Lixo por contratos na área de limpeza urbana na Bahia, foi um dos principais presos na primeira fase, acusado de ser articulador político e operador de influência da organização criminosa. Ele foi posteriormente liberado por decisão judicial.

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