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PF investiga ligação de Castro com apoio ao Comando Vermelho na Alerj

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Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro, está sendo alvo de investigação da Polícia Federal (PF) devido a um despacho emitido por ele que pode indicar sua conexão com o Comando Vermelho (CV) dentro do Palácio Guanabara.

Esse despacho, assinado por Castro em caráter de urgência, levou à publicação de uma edição extraordinária do Diário Oficial do Estado em 3 de setembro de 2024, no mesmo dia da prisão do ex-deputado TH Jóias, por suspeitas de lavagem de dinheiro, compra ilegal de armas e drones, além de vínculos pessoais com líderes da facção criminosa.

No mesmo dia, o governador exonerou de forma rápida o secretário estadual de Esporte e Lazer, Rafael Picciani (MDB), que é filho do falecido político Jorge Picciani, ex-presidente da Alerj também preso pela PF, assim como o atual presidente da Casa, Rodrigo Bacellar, detido posteriormente.

Fontes próximas à investigação relataram que a manobra teve como objetivo garantir a saída de TH Jóias da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) sem que fosse necessário votar a continuidade de sua prisão, o que poderia causar constrangimentos políticos à Casa.

Explica-se que TH Jóias era segundo suplente do partido e assumiu a vaga deixada pela morte do deputado Otoni de Paula Pai com a recusa do primeiro suplente, Rafael Picciani, em voltar ao cargo. A volta de Picciani ao secretariado, por conseguinte, tiraria TH Jóias da Assembleia automaticamente e evitaria a votação sobre sua prisão.

A ação rápida e coordenada das autoridades é vista como uma tentativa de minimizar os impactos políticos, pois a votação poderia resultar em decisões que afetariam a imagem e a estabilidade da Alerj, dada a ligação suspeita de TH Jóias com o Comando Vermelho.

No mesmo dia, Castro usou suas redes sociais para anunciar que Rafael Picciani assumiria novamente seu mandato na Alerj, destacando seu esforço para reorganizar a situação.

Na decisão que culminou na prisão de Rodrigo Bacellar, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, indicou que todo o processo poderia estar ligado à garantia de apoio político para as eleições de 2026, falando em uma rápida manobra regimental para remover TH Jóias e proteger os interesses institucionais.

A investigação aponta que essa manobra buscava minimizar a associação da Alerj com o deputado suspeito, que apesar de ser político, tinha uma forte ligação com o Comando Vermelho, facção criminosa que controla vastas áreas no estado e detém influência significativa em eleições.

Por fim, o ministro Alexandre de Moraes requisitou ao governo do Rio de Janeiro informações detalhadas sobre o acesso e tramitação dos documentos oficiais relacionados à exoneração de Rafael Picciani e à edição extraordinária publicada, incluindo horários, responsáveis e registros de acesso, para auxiliar nas apurações.

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