PF investiga suspeito por perseguição a deputada que recebeu fotos íntimas por e-mail

Polícia Federal iniciou nesta terça-feira uma operação para investigar crimes de perseguição (stalking) e violência política de gênero contra uma deputada federal, uma senadora e outras mulheres.

Durante a ação, foi cumprido um mandado de busca e apreensão em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, residência do principal investigado.

A Justiça aplicou medidas restritivas contra o suspeito, proibindo seu acesso à internet, contato com as vítimas, e a saída da Região Metropolitana do Rio sem autorização judicial.

A operação surgiu um mês após a deputada Silvye Alves (União Brasil-GO) denunciar importunação sexual por meio do seu e-mail na Câmara dos Deputados, recebendo imagens explícitas que ela revelou em seu Instagram.

A Polícia Legislativa identificou o suspeito e repassou o inquérito para a Polícia Federal. A equipe da deputada confirmou que as buscas foram direcionadas ao homem remetente das fotos íntimas.

De acordo com nota, a assessoria de Silvye Alves não foi informada previamente sobre a operação, mas confirmou o foco nas ações ao autor da importunação sexual.

O nome da senadora alvo dos crimes não foi divulgado. Em agosto, Silvye Campos informou que servidoras de seu gabinete visualizaram o conteúdo explícito recebido.

“Tenho sido alvo de assédio sexual no meu próprio local de trabalho, espaço que compartilho com outras mulheres”, relatou a parlamentar.

Eleita para o seu primeiro mandato em 2022 com expressivo número de votos em Goiás, Silvye Alves ganhou notoriedade como apresentadora do programa Cidade Alerta na região.

Tendo 45 anos, ela é filiada ao mesmo partido do governador Ronaldo Caiado, que é seu padrinho político.

Em 2021, sofreu violência doméstica provocada pelo ex-namorado Ricardo Hilgenstieler, detido pela Polícia Federal após tentativa de fuga no aeroporto da capital. Atualmente, suas redes sociais são voltadas para temas de combate à violência contra a mulher.

Em 2014, denunciou uma invasão durante a madrugada em seu gabinete em Goiânia, local que já havia sido alvo de outras incursões criminosas.