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PF: operador de propina chamava diretores do INSS de heróis e amigos

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A Polícia Federal (PF) encontrou planilhas financeiras do empresário Cícero Marcelino de Souza Santos, identificado como principal gestor financeiro da organização criminosa ligada à Confederação Nacional dos Agricultores Familiares (Conafer). Conforme informações da PF, a organização desviou R$ 640,9 milhões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em um esquema revelado pelo Metrópoles.

Entre os documentos apreendidos na operação conduzida nesta quinta-feira (13/11), as autoridades descobriram apelidos usados para ocultar a identidade real dos beneficiários de propinas com cargos no INSS.

O ex-diretor de Benefícios André Paulo Felix Fidélis era identificado como “Herói A”, enquanto o ex-procurador Virgílio Antonio Ribeiro de Oliveira Filho recebia os codinomes “Herói V”, “Amigo V” ou simplesmente “procurador”. O ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, era referido como “italiano”. Segundo a Polícia Federal, esses apelidos também apareceram em mensagens trocadas entre membros da Conafer.

“Comunicações eletrônicas entre membros do núcleo financeiro e líderes da entidade abordavam ‘prestação de contas’, incluindo planilhas com os apelidos dos beneficiários, que continham valores equivalentes aos movimentados em contas corporativas”, destaca o relatório.

Os pagamentos de propina a Alessandro Stefanutto foram feitos por meio de uma pizzaria e escritórios de advocacia localizados na região Sul do Brasil, totalizando R$ 250 mil por mês.

André Fidélis utilizava o escritório jurídico de seu filho, Eric Fidélis, advogado que prestou depoimento à CPMI do INSS nesta quinta-feira, comissão instalada no Congresso para investigar fraudes em descontos indevidos nas aposentadorias, reveladas pelo Metrópoles.

Virgílio Oliveira Filho fazia uso de empresas de consultoria administradas por sua esposa, Thaisa Hoffmann Jonasson. O casal foi detido na mesma operação. O escritório de defesa declarou que o ex-procurador se apresentou voluntariamente à Polícia Federal, atitude que demonstra respeito às instituições e compromisso em esclarecimentos.

As defesas de Cícero Marcelino de Souza Santos, Alessandro Stefanutto e André Fidélis foram procuradas e o espaço continua aberto para posicionamentos.

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