PF prende oito suspeitos de tentar invadir sistema Pix dos bancos

Polícia Federal deteve um grupo de oito pessoas suspeitas de tentar invadir contas controladas pelo Banco Central para desviar recursos via Pix. A operação ocorreu na madrugada de sexta-feira.

As prisões aconteceram quando o grupo tentava acessar o sistema da Caixa Econômica Federal. Os suspeitos foram flagrados, presos e tiveram a prisão convertida para preventiva. Eles vão responder por organização criminosa e tentativa de furto qualificado por meios eletrônicos.

Segundo a Polícia Federal, “o grupo é considerado responsável por fraudes bancárias contra instituições financeiras, tentando retirar fundos do Arranjo de Pagamento Instantâneo (Pix) por meio do acesso não autorizado a contas PI mantidas por essas instituições junto ao Banco Central”.

As investigações seguem para apurar a participação de outras pessoas.

Ameaças ao sistema Pix

O Pix, método de pagamento bastante utilizado no Brasil, tem sido alvo frequente de ataques cibernéticos que exploram vulnerabilidades nas empresas que o integram. A maioria dos ataques recentes tem sido direcionada às empresas provedoras de tecnologia, um setor com poucas companhias, que tem sido foco dos criminosos.

Nos últimos dois meses, mais de R$ 1,5 bilhão foram desviados de bancos e fintechs através de invasões aos sistemas dessas empresas de tecnologia, parte desses valores foi bloqueada pelo Banco Central.

Em resposta, o Banco Central reforçou as normas, limitando o valor das transações e antecipando prazos para licenciamento. Agora, existem restrições de até R$ 15 mil por transação para fintechs sem autorização ou para instituições que utilizam provedores para integrar seus sistemas ao Banco Central.

Além disso, o órgão antecipou para 2026 (antes de 2029) o prazo para solicitação de licença para instituições de pagamento e aumentará as cobranças sobre as empresas prestadoras de serviços tecnológicos.

Formas de conexão com o Pix

Existem duas maneiras de se conectar ao Pix: bancos ou fintechs maiores possuem conexão direta com o sistema do Banco Central e realizam a compensação dos valores por conta própria. Já empresas menores dependem de provedores tecnológicos, que fazem a ponte entre os sistemas do banco ou fintech e o Banco Central.