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PF revela que publicitária ligada ao PT fazia negócios em Portugal com Careca do INSS
A Polícia Federal identificou que uma publicitária envolvida em campanhas anteriores do PT foi apontada como responsável por movimentar fundos no exterior para o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS. Ele é suspeito de liderar um esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social.
Segundo as investigações, Danielle Miranda Fonteles, ex-sócia da agência Pepper, recebia mensalmente 4 mil euros do Careca e atuava em uma operação internacional, ligando o grupo brasileiro às estruturas na Europa, especialmente em Portugal e Alemanha.
Era a Danielle quem preparava propostas para compra de imóveis em nome do grupo criminoso e quem gerenciava os projetos e investimentos no exterior, conforme decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça, baseada nas conclusões da PF. O ministro ordenou que ela usasse tornozeleira eletrônica e entregasse seu passaporte para evitar fuga do país.
A Polícia Federal indicou que Danielle recebia valores enviados por Antônio e atuava como intermediária em aquisições internacionais de bens.
Relatórios financeiros mostraram que ela recebeu cerca de 13,1 milhões de reais de empresas ligadas a Antunes. Sua defesa alegou que essa quantia se referia à venda de um imóvel em Trancoso, Bahia, pago em parcelas, e que os valores foram declarados e os impostos pagos.
Porém, a PF considerou a documentação apresentada inconsistente, pois os valores não condiziam com a negociação, que não foi concluída, indicando que o montante recebido era maior que o valor do imóvel.
Os investigadores afirmam que a publicitária desempenhava um papel sofisticado na lavagem de dinheiro para o Careca do INSS, operando as estruturas externas usadas para a movimentação internacional de capital.
Danielle Fonteles trabalhou em campanhas do PT, incluindo a eleição da ex-presidente Dilma Rousseff em 2010. A agência Pepper, da qual era sócia, foi investigada na Operação Acrônimo por suspeita de caixa dois em campanhas políticas.
Segundo a Polícia Federal, a agência foi utilizada para captar ilegalmente 1,5 milhão de reais para a campanha do ex-governador Fernando Pimentel (PT) ao Senado em 2010, negando ele as acusações.
Fonteles firmou um acordo de delação premiada na operação, declarando que pagou comissões para obter contratos publicitários em ministérios.
Em nota divulgada em outubro, a defesa da publicitária afirmou que ela não mantém vínculos comerciais com o Partido dos Trabalhadores desde 2015, ou seja, há pelo menos uma década.


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