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PGR revela uso de ‘churrasco’ como codinome para golpe

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A expressão “churrasco” foi utilizada como um código entre manifestantes e investigados para designar o golpe, conforme indicado no parecer final da Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os envolvidos nas conversas estavam o tenente-coronel Mauro Cid e o general Mário Fernandes.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, explicou no documento que o termo servia para comunicação durante o diálogo com financiadores e participantes das manifestações antidemocráticas.

Em uma troca de mensagens, um dos participantes, chamado Aparecido Andrade Portela, questionou o tenente-coronel Cid sobre a realização do ‘churrasco’, demonstrando preocupação com a efetivação do plano.

Em resposta, o tenente-coronel destacou que o tema era uma questão importante para ele e se prontificou a dialogar com o grupo insatisfeito.

Outro manifestante, Rodrigo Yassuo, também usou o codinome ao informar ao general Mário Fernandes sobre sua ida a uma manifestação na Esplanada no dia 10 de dezembro de 2022, indicando necessidade de tratar sobre “aquele churrasco”.

Nos dias seguintes, Rodrigo continuou questionando sobre a organização das manifestações e buscava orientações, especialmente após a tentativa de invasão da Polícia Federal.

Solicitação de responsabilização de Bolsonaro

Um extenso documento de mais de 500 páginas entregue ao STF reforça a denúncia da PGR e resume os pontos centrais da acusação. Paulo Gonet declarou que as provas demonstram que o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro agiu de forma contínua durante seu mandato e após a derrota eleitoral para incitar insurreição e desestabilização do Estado Democrático.

Segundo o procurador, Bolsonaro não teve apenas uma postura passiva de resistência, mas orquestrou ativamente um ambiente favorável à violência e ao golpe, utilizando recursos públicos e manipulando funções estatais para fomentar a radicalização e romper a ordem democrática.

Além disso, as evidências indicam que o ex-presidente foi o principal articulador da difusão de notícias falsas e ataques às instituições, aproveitando-se da estrutura governamental para subverter a ordem legal.

Portanto, conforme frisou o PGR, cabe responsabilizar Jair Messias Bolsonaro pelos crimes descritos na denúncia.

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