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Economia

PIB cresce 0,5% em junho, aponta FGV

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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil aumentou 0,5% em junho comparado a maio, de acordo com o Monitor do PIB, levantado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Em comparação a junho de 2024, o crescimento foi de 1,7% em junho de 2025.

No segundo trimestre de 2025 em relação ao primeiro trimestre do ano, o PIB avançou 0,5%. Já na comparação com o segundo trimestre de 2024, o PIB cresceu 2,4% neste período de 2025. A taxa acumulada nos últimos 12 meses até junho foi de 3,2%.

Segundo a FGV, o desempenho positivo dos setores de serviços e indústria foi o principal motivador do crescimento econômico no segundo trimestre, apesar de existirem sinais de desaceleração.

“O aumento de 0,5% no PIB no segundo trimestre, comparado ao primeiro, foi resultado do bom desempenho dos serviços e da indústria. No setor de serviços, o crescimento foi amplo entre as diversas atividades, enquanto na indústria o crescimento foi mais concentrado no setor extrativo, indicando certa fragilidade no desempenho industrial”, explicou Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB – FGV.

“Na análise pela ótica da demanda, os componentes do consumo das famílias e das exportações continuaram em crescimento, embora em ritmo menor do que no primeiro trimestre. Por outro lado, os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) registraram queda no trimestre, sinalizando uma desaceleração mais acentuada neste componente.”

O Monitor do PIB utiliza as mesmas fontes e metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

“De modo geral, apesar de a economia ter continuado crescendo no segundo trimestre, houve uma desaceleração significativa em relação ao primeiro trimestre. Além da ausência de uma forte contribuição positiva da agropecuária, presente no primeiro trimestre, o impacto retardado dos altos níveis de juros também contribuiu para essa desaceleração”, avaliou Juliana Trece.

No segundo trimestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024, o consumo das famílias cresceu 1,5%.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador dos investimentos no PIB, apresentou crescimento de 4,3% no segundo trimestre de 2025 ante o mesmo período do ano anterior, mantendo uma tendência de desaceleração.

“O principal fator dessa tendência é o segmento de máquinas e equipamentos, que apesar de positivo no segundo trimestre, teve uma contribuição significativamente menor do que no início do ano. O segmento da construção também teve participação na desaceleração, porém em ritmo menos intenso”, destacou o relatório do Monitor do PIB.

A exportação de bens e serviços aumentou 1,6% no segundo trimestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024.

“O crescimento da exportação de bens de capital, bens intermediários e produtos da extrativa contribuiu para esse resultado, que foi limitado pela queda nas exportações de produtos agropecuários”, explicou a FGV.

As importações cresceram 5,6% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano anterior.

“Esse resultado deve-se principalmente ao aumento das importações de bens intermediários. A desaceleração registrada desde meados de 2024 pode ser atribuída principalmente à redução da contribuição positiva das importações de bens de capital e serviços”, afirmou a FGV.

Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 6,109 trilhões no primeiro semestre de 2025.

A taxa de investimento da economia ficou em 18,7% no segundo trimestre, indicando uma desaceleração na formação de capital.

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