PIB do Brasil cresce 0,4% no 2º trimestre impulsionado por serviços

As estimativas feitas pela Bloomberg previam um crescimento de 0,3% para o segundo trimestre. O crescimento ainda é impulsionado pelos estímulos no mercado de trabalho, com a renda média da população atingindo níveis históricos.

No entanto, esse resultado mostra uma desaceleração em relação ao primeiro trimestre, quando o PIB avançou 1,3%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

As expectativas dos analistas financeiros apontavam para uma elevação de 0,3% para o segundo trimestre, de acordo com uma pesquisa publicada pelo jornal Valor. Os economistas já antecipavam uma redução no ritmo de crescimento, devido ao impacto concentrado da safra recorde de soja no primeiro trimestre e às condições de crédito mais rígidas, que freiam o crescimento da indústria e dos investimentos.

No trimestre anterior, a produção recorde de soja impulsionou o setor agropecuário, que cresceu fortemente, somando-se ao elevado consumo das famílias e ao volume de investimentos acima do esperado, o que elevou o PIB.

Atualmente, o mercado de trabalho segue sendo um pilar importante para segmentos sensíveis à renda. Porém, a política de juros elevados adotada pelo Banco Central (BC), com aumentos na taxa básica para conter a economia, começa a impactar de forma mais significativa os setores que dependem de crédito.

Para o terceiro trimestre, espera-se uma leve recuperação da atividade econômica, impulsionada pelo pagamento de precatórios, que deve estimular o consumo das famílias, além de uma retomada no crescimento da agricultura, com destaque para culturas como o milho, que deve alcançar uma safra recorde.