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Pirelli anuncia fechamento de fábrica em Gravataí (RS)

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Planta é responsável pela fabricação de pneus para motocicletas e emprega 900 pessoas; atividade será transferida para a unidade da empresa em Campinas (SP)

A Pirelli anunciou o fechamento de sua fábrica em Gravataí (RS), onde são produzidos pneus para motocicletas há 43 anos (Alessandro Garofalo/Reuters)

A Pirelli anunciou que vai fechar a fábrica de Gravataí (RS), onde são produzidos pneus para motocicletas há 43 anos. A atividade será transferida para a planta de Campinas (SP), que atualmente fabrica o equipamento apenas para automóveis. A unidade gaúcha emprega 900 funcionários. Segundo a empresa, as demissões serão negociadas com o Sindicato dos Trabalhadores.

O processo de transferência da produção deve ser finalizado até meados de 2021. “A operação permitirá a otimização dos processos produtivos e dos fluxos logísticos, inclusive graças à localização favorável da fábrica de Campinas, mais próxima às unidades produtivas das montadoras de carro e moto, e cujo fortalecimento permitirá a contratação de cerca de 300 pessoas até 2022”, informou a Pirelli, em nota. Atualmente a planta paulista emprega 2.000 pessoas.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Artefatos de Borracha de Gravataí, além dos 900 funcionários diretos, outras 300 pessoas devem ser afetadas indiretamente.

Flávio Quadros, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Artefatos de Borracha de Gravataí, conta que os trabalhadores só souberam da decisão na segunda-feira, 13. “O sindicato não sabia, não tinha informação nem imaginava que pudesse vir uma notícia como essa. Na sexta-feira, 10, eles ligaram pedindo um reunião, como sempre fazem, e no dia marcado nos informaram da intenção de encerrar as atividades em Gravataí”, afirma ele. “Em outras situações de crise, conseguimos negociar para manter os empregos dos trabalhadores”, acrescenta Quadros.

Segundo ele, a empresa deixou claro que não voltará atrás de sua decisão. Apesar disso, o sindicato passará a entregar ofícios para as autoridades locais, tanto municipais como estaduais, para tentar manter a fábrica na cidade.

Os trabalhadores foram informados que as demissões devem começar a partir de janeiro de 2020.

No mesmo comunicado, a Pirelli também anunciou um investimento no país de 120 milhões de euros (cerca de 530 milhões de reais), entre 2019 e 2021. Além de Campinas, a empresa pretende investir em sua outra planta, em Feira de Santana (BA), e nos pneus “high value”, projetados em parceria com as montadoras do chamado segmento prestige, que inclui marcas como Ferrari, Rolls Royce, Porsche, Aston Martin, MacLaren, entre outras.

A fábrica de pneus para caminhões que opera nas mesmas instalações que a Pirelli, em Gravataí, e pertence à Prometeon -que também adquiriu a filial da Pirelli de Santo André- será mantida.

De janeiro a março, o mercado total de pneus no Brasil registrou queda de 2% ante 2018, para 14,3 milhões de unidades. Já a venda de pneu para motos cresceu 6%, para 2,46 milhões de unidades, segundo a Anip, entidade que reúne empresas do setor.

(Com Estadão Conteúdo)

 

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