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Pix: de problema a chance para Lula em 6 meses

O Pix, que inicialmente causou dificuldades para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em suas avaliações, transformou-se em um ponto positivo para ele em apenas seis meses, especialmente após a investigação comercial dos Estados Unidos sobre esse sistema de transferência.
Nas redes sociais, o Palácio do Planalto chegou a afirmar que “o Pix é nosso, my friend” e destacou o ciúme que o sistema aparentemente provoca no exterior. Lula também se manifestou publicamente, garantindo que não aceitará ataques a esse patrimônio do povo brasileiro. Parlamentares do PT agora se organizam para fortalecer essa narrativa nas plataformas digitais.
Em janeiro, uma má interpretação de uma medida da Receita Federal envolvendo o Pix preocupou Lula, com acusações de que ele pretendia taxar essa ferramenta. O vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) ganhou grande repercussão, aumentando a pressão sobre o presidente, que iniciou uma campanha para valorizar o Pix.
Segundo informações, a Secretaria de Comunicação Social planeja defender o modelo do Pix como uma bandeira do governo, especialmente diante das ameaças comerciais dos EUA. Grupos de WhatsApp pró-governo têm promovido a defesa do Pix, destacando que ele é alvo das tentativas de pressão dos Estados Unidos.
O governo enfatiza que continuará negociando com os EUA, mas não aceitará mudanças no Pix, mantendo sua gratuidade, segurança e contribuição para a vida dos brasileiros.
O Clube de Influência do Lula, formado por apoiadores, iniciou uma mobilização organizada chamada “Defenda o Pix, defenda o Brasil” para fortalecer a presença digital da ferramenta.
Após o anúncio da investigação comercial, as hashtags “Pix é do Brasil” e “BolsoTrump” tiveram grande movimento nas redes sociais, embora parte desse engajamento tenha sido automatizado.
Segundo pesquisa da Radar Febraban, realizada pelo Ipespe, 95% dos brasileiros aprovam o Pix, que é avaliado como o meio de pagamento com melhor nota, superando cartões, TED e cheque.
O cientista político Josué Medeiros, da UFRJ, defende que a pressão americana permitiu a Lula valorizar símbolos nacionais, entre eles o Pix. Ele destaca que o Pix é seguro e facilita a economia popular, funcionando como uma ferramenta essencial.
Os dados refletem o uso crescente da ferramenta: em 2019, 43% dos brasileiros usavam dinheiro em espécie, percentual que caiu para 6% recentemente. Desde 2020, 93% da população adulta já utilizou o Pix, sendo o método mais frequente para 62%. Entre os usuários, há muitos empreendedores, um grupo tradicionalmente mais difícil para o PT alcançar.

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