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PL intensifica busca por aliados para disputar governos em 2026
A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro elevou a pressão do partido PL para aumentar o número de candidatos a governador nas eleições de 2026.
Aliados do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmam que, com a ausência de Bolsonaro, é essencial que o partido tenha candidaturas ao Executivo com o número 22, para continuar sendo a maior bancada na Câmara dos Deputados. Essa movimentação já causa impacto em estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Paraíba, antes focados em alianças com pré-candidatos de outras legendas.
Segundo pessoas próximas a Valdemar, as recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra Bolsonaro anteciparam um cenário preocupante para o PL, que esperava que o “vazio” político só ficasse mais evidente após o julgamento da ação penal da trama golpista, previsto para setembro.
Para lidar com a situação, Valdemar emitiu uma resolução proibindo membros do PL de apoiarem candidatos de outros partidos, sobretudo nas eleições para governadores, com o objetivo de destacar o número 22 nas chapas estaduais e fortalecer candidaturas a deputado federal e senador.
Enquanto a prioridade de Bolsonaro é eleger senadores e pautar impeachment de ministros do STF, o foco de Valdemar está na Câmara, que define os fundos partidário e eleitoral.
Até pouco tempo, o PL considerava não lançar candidatos a governador nos maiores colégios eleitorais, como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. No Rio Grande do Sul, o partido lançou o deputado federal Luciano Zucco como pré-candidato.
Valdemar está agora pressionando por filiações importantes. Em Minas Gerais, o vice-governador Mateus Simões (Novo) sinalizou que pode ingressar no PL para disputar o governo, dependendo de uma decisão nacional de unificação dos candidatos aliados a Bolsonaro.
Simões afirmou que a resolução do PL não interfere em sua pré-candidatura e parece alinhar-se com a estratégia de unificação da direita.
Na Paraíba, o senador Efraim Filho (União-PB), apoiado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro para disputa ao governo, vem sendo instado a migrar para o PL. Ele, porém, pretende permanecer no União Brasil e apoiar a candidatura ao Senado de Marcelo Queiroga (PL), ex-ministro da Saúde.
No Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro (PL) usou a resolução para retirar apoio ao presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União), pré-candidato ao Palácio Guanabara, após movimentos que irritaram Bolsonaro.
Na Bahia, o ex-ministro de Bolsonaro, João Roma (PL), colocou-se como possível candidato ao governo, mas está aberto a alianças com ACM Neto (União).
A restrição às alianças não deve impactar a candidatura presidencial de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apoiado pelo PL, mas pode afetar a disputa estadual, onde o presidente da Assembleia, André do Prado (PL), busca concorrer ao governo.
Em Goiás, a decisão do PL dificulta uma aliança com o vice-governador Daniel Vilela (MDB), apoiado pelo atual governador Ronaldo Caiado (União). Valdemar demonstrou apoio ao senador Wilder Morais (PL-GO) para o governo estadual.
Pré-candidatos afetados pela movimentação do PL
- Mateus Simões (Novo-MG): Considera ingressar no PL para disputar o governo de Minas, dependendo de decisão nacional sobre a unificação da direita.
- Efraim Filho (União-PB): Incentivado a migrar para o PL, mas deseja permanecer no atual partido para apoiar candidatura única da direita.
- Rodrigo Bacellar (União-RJ): Perdeu apoio do governador Cláudio Castro devido a movimentos que desagradaram Bolsonaro.

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