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Planalto avalia candidatura de Simone Tebet ao Senado por São Paulo

A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), tem se destacado como uma possível candidata ao Senado pelo estado de São Paulo, recebendo apoio do presidente Lula (PT). Porém, essa possibilidade envolve uma possível troca de partido para a ministra, e depende também da definição do candidato da esquerda ao governo estadual.
O cenário eleitoral para o Senado em São Paulo ainda é incerto, mas essa disputa é vista como fundamental tanto por lideranças de esquerda quanto de direita, em função do papel do Senado em aprovar processos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Além de Tebet, estão entre os nomes possíveis para concorrer ao Senado na base da esquerda o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Alguns setores do PT argumentam que esses dois seriam mais indicados para concorrer ao governo estadual.
Embora Tebet oficialmente não tenha falado sobre participar da eleição este ano, seu nome aparece em pesquisas e recentemente ela participou de um encontro com empresários em São Paulo, promovido pelo grupo Prerrogativas, que apoia sua pré-candidatura.
Segundo Marco Aurélio Carvalho, líder do grupo e forte apoiador da candidatura, a postura da ministra tem sido muito positiva e corajosa, inclusive em ambientes de empresários que habitualmente não dialogam com o governo Lula. Participaram do encontro representantes de diversas empresas importantes, como Habibs, Via Varejo, Brooksfield, Renner e Petz.
O deputado estadual Emídio de Souza (PT) afirma que o partido tem foco especial na eleição para o Senado no próximo ano e que é essencial apoiar o candidato mais viável para evitar a maioria bolsonarista na Casa. Destacou que Simone Tebet é uma ministra de centro bem posicionada e comprometida com o projeto do PT.
Fontes do partido indicam que Lula tem mostrado otimismo com essa possibilidade, mas a definição da chapa só deve acontecer no próximo ano ou após a confirmação da candidatura do atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), seja ao Planalto ou à reeleição. O grupo também está atento a quem será o candidato da direita ao governo estadual.
Outros nomes da esquerda para o governo estadual incluem Alckmin, Haddad e o ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB).
Em recente entrevista, Simone Tebet afirmou que pode ser candidata, mencionando que seu domicílio eleitoral atual é no Mato Grosso do Sul, mas não descartou a possibilidade de concorrer por São Paulo. Ela também destacou que, se necessário, poderia cumprir o mandato como ministra até 2026, conforme solicitado pelo presidente.
Embora a candidatura de Tebet represente uma questão delicada para o MDB em São Paulo, onde o partido apoia Tarcísio de Freitas, há discussões sobre a necessidade de sua possível saída do MDB para filiar-se a outro partido, como o PSB. A filiação ao PT é considerada improvável devido às diferenças ideológicas.
No campo da direita, a estratégia é lançar dois candidatos para o Senado: um apoiado por Jair Bolsonaro e outro por Tarcísio. Com a ausência do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, a disputa por uma das vagas está aberta. Outros nomes cogitados incluem o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL), o deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP), o ex-governador Rodrigo Garcia (sem partido) e o vice-prefeito da capital, Coronel Mello Araújo (PL).
Alguns desafios administrativos também são apontados no âmbito municipal, envolvendo substituições no poder público local caso haja mudanças nas posições atuais dos prefeitos.

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