Economia
Plano Brasil Soberano: elogios e críticas das indústrias
O Plano Brasil Soberano, anunciado recentemente pelo governo federal para apoiar as empresas brasileiras afetadas pelas tarifas norte-americanas, recebeu diferentes reações das principais entidades industriais. As medidas buscam aliviar os impactos das tarifas americanas e promover negociações para reverter a situação.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) celebrou a criação de linhas de crédito com juros reduzidos, a postergação do pagamento de tributos federais e a reativação do Reintegra. Ricardo Alban, presidente da CNI, destacou que o plano representa um fôlego importante para a indústria nacional e ressaltou a continuidade das negociações como prioridade.
A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) qualificou o passo como relevante para a manutenção da competitividade e emprego, reforçando a necessidade de negociações focadas em critérios técnicos para preservar a integração produtiva entre Brasil e EUA. André Passos Cordeiro, presidente da Abiquim, destacou a importância de continuidade e agilidade para que as empresas mais impactadas possam ser beneficiadas rapidamente.
Também a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) apoiou as medidas, apontando os benefícios das linhas de crédito e a prorrogação de prazos como cruciais para a competitividade e preservação de empregos. A entidade enfatiza a importância da celeridade na implementação para garantir que os benefícios atinjam as empresas e trabalhadores afetados.
Por sua vez, a Confederação Nacional de Jovens Empresários (Conaje) avaliou positivamente o pacote, especialmente as linhas de crédito e ampliação do Reintegra, mas alertou para a necessidade de clareza nos critérios e agilidade na liberação dos recursos, para que micro, pequenas e médias empresas possam efetivamente acessá-los. Fabio Saraiva, presidente da Conaje, destacou a urgência em garantir segurança e eficiência na execução das medidas.
Em contraponto, a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) adotou uma postura mais crítica, qualificando as iniciativas como medidas paliativas e cobrando uma atuação mais firme do governo brasileiro para negociar uma solução definitiva com os Estados Unidos. Edson Vasconcelos, presidente da Fiep, afirmou que aspectos políticos e ideológicos não podem se sobrepor aos interesses econômicos do país, e que é fundamental buscar acordos efetivos para minimizar os impactos econômicos.

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