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Plano de combate mira no controle da incidência do mosquito Aedes aegypti
Sobradinho, uma das regiões administrativas que mais notificou casos de dengue no DF, recebe, na próxima segunda-feira, a primeira ação
A capital federal está na faixa regional onde há a maior incidência do mosquito Aedes aegypti, apesar do cenário otimista. Para evitar que a epidemia aumente o número de contaminações no DF, a Secretaria de Saúde lançou ontem o Plano de Ação Para o Enfrentamento às Doenças Transmitidas pelo Aedes aegypti. Neste ano, são 9.364 infecções na cidade, um recuo de 19,4% em relação a 2014, e 25 mortes. Goiás é a unidade da Federação campeã em casos no país, com 2.314 notificações para cada grupo de 100 mil habitantes, segundo o Ministério da Saúde. O Executivo local também registrou nove casos de microcefalia — sete são investigados para definir se tem relação com o zika vírus, disseminado pelo mesmo inseto.
O enfrentamento anunciado pelo GDF frisa a necessidade de controlar a incidência do mosquito transmissor. Sobradinho, uma das regiões administrativas que mais notificou casos de dengue no DF, recebe, na próxima segunda-feira, a primeira ação, que envolve, além da Subsecretaria de Vigilância Sanitária (SVS), o Exército, a Marinha, o Corpo de Bombeiros, entre outros órgãos. “Neste momento, a prioridade é combater o mosquito. Pretendemos visitar todas as residências do DF até 31 de janeiro. A ideia é que, durante todo o primeiro semestre de 2016, esse monitoramento seja feito”, explicou o secretário de Saúde, Fábio Gondim.
Também voltará a ser utilizado o cartão de acompanhamento da dengue, caderneta na qual os agentes de vigilância ambiental marcam as inspeções. “É uma das maneiras de controlar o fluxo de monitoramento. Com a força-tarefa, será possível realizar um trabalho abrangente”, explicou o subsecretário de Vigilância Sanitária, Tiago Coelho. No total, o governo notificou 30 domicílios por desrespeitarem parâmetros da prevenção. O GDF pretende aplicar multas entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão para os reincidentes. Cerca 500 servidores atuam na prevenção num cenário em que seriam necessários 1,3 mil — deficit de 61,5%.
Goiás, estado com histórico de epidemia de dengue, contabiliza 76 mortes pela doença e investiga outras 51. Ao todo, são mais de 150 mil contaminações. A Situação de Emergência Sanitária deve ser decretada a fim de possibilitar ações conjuntas entre órgãos. O secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela, deve anunciar, no próximo dia 15, um plano de ação. “Homens do Corpo de Bombeiros, do Exército e da Polícia Militar vão compor equipes de vigilância de endemias. Para o mosquito deixar de ser um problema, temos de mobilizar também a sociedade civil”, adiantou Vilela ao Correio.
O cenário no estado vizinho é pessimista em relação à dengue: Goiânia (77.862), Aparecida de Goiânia (15.937) e Anápolis (10.716) são os três municípios que mais notificaram infecções. Padre Bernardo, no Entorno do DF, entrou em alerta na última semana, pois entre 1% e 3,9% das casas reúnem focos do mosquito. Novo Gama registrou duas mortes. Pela manhã, o governador do DF, Rodrigo Rollemberg, discutiu o plano de combate com representantes de diversos órgãos.
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