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Plano dos EUA propõe realocação de toda a população de Gaza

O governo dos Estados Unidos apresentou um plano para a Faixa de Gaza que envolve a realocação de toda a sua população. Esse território palestino ficaria sob administração dos EUA por um período de dez anos, com o objetivo de transformá-lo em um centro turístico e tecnológico.
O documento, com 38 páginas, propõe que cerca de 2 milhões de pessoas que vivem em Gaza se mudem voluntariamente para outros países ou para áreas consideradas seguras dentro da própria região, durante o processo de reconstrução.
As pessoas que aceitarem fazer essa mudança receberão uma ajuda financeira de US$ 5.000, além de quatro anos de auxílio para aluguel e um ano de suporte alimentar.
Os proprietários de terras seriam recompensados com “tokens digitais”, que poderiam ser usados para financiar uma nova vida em outro local ou trocados por apartamentos em seis a oito novas “cidades inteligentes” que seriam construídas na região, utilizando tecnologias avançadas como inteligência artificial.
Durante a década de administração, o território seria gerenciado pelo Fundo para a Reconstrução, Aceleração e Transformação Econômica de Gaza (GREAT Trust). Após esse tempo, a intenção é entregar o controle para uma entidade palestina reformada e sem ligações extremistas.
De acordo com as informações reveladas, a ideia original do plano veio de israelenses ligados à Fundação Humanitária de Gaza (GHF), uma organização apoiada por Israel e pelos Estados Unidos, responsável pela distribuição de ajuda alimentar e que enfrenta críticas consideráveis.
O Departamento de Estado dos EUA não respondeu aos pedidos de comentário.
Anteriormente, em fevereiro, o ex-presidente Donald Trump sugeriu que os Estados Unidos tomassem conta da Faixa de Gaza para transformá-la em uma “Riviera do Oriente Médio”, com o realojamento dos habitantes para países vizinhos como o Egito e a Jordânia.
Embora a iniciativa tenha sido apoiada por grupos de extrema direita em Israel, ela foi amplamente rejeitada por nações árabes, pela maior parte dos países ocidentais e recebeu alertas da ONU sobre riscos de uma possível limpeza étnica na região.

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