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Economia

PLOA 2026: investimento do governo em estatais sobe 18,8%

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O governo federal planeja aumentar em 18,8% os investimentos nas empresas estatais em 2026 em comparação a 2025. Segundo o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para o próximo ano, apresentado recentemente, o total destinado será de R$ 197,9 bilhões, contra R$ 166,6 bilhões previstos para o ano atual.

Deste montante para 2026, R$ 88,5 bilhões são referentes aos investimentos do Novo PAC. Separando por setores, R$ 186,2 bilhões serão aplicados no segmento produtivo e R$ 11,6 bilhões no setor financeiro.

A Petrobras lidera os investimentos, com R$ 174 bilhões considerando seus braços Petrobras, Transpetro e Petrobras Internacional, seguida pelo Banco do Brasil com R$ 7,2 bilhões, Caixa Econômica Federal com R$ 3,6 bilhões e Emgepron com R$ 2,9 bilhões.

Nos Correios, o valor previsto é de R$ 1,6 bilhão, destinado à manutenção da infraestrutura, atualização de bens móveis, veículos, máquinas, equipamentos, além de ativos tecnológicos e de teleprocessamento.

A estatal dos Correios tem enfrentado déficits consecutivos nos últimos anos. Em 2024, o rombo estimado foi de R$ 2,6 bilhões, quantitativo quatro vezes maior do que o prejuízo de R$ 633 milhões registrado em 2023. Parte dessas perdas é atribuída à diminuição das receitas em encomendas internacionais devido à chamada “taxa das blusinhas” e ao aumento dos custos com pagamento de precatórios.

Em entrevista à Band no domingo (31), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu que os prejuízos dos Correios representam a maior dificuldade entre as estatais. “Os Correios enfrentam um problema estrutural causado pelo grande subsídio que possuem. Seus concorrentes não têm obrigação de entregar cartas e operam apenas onde é lucrativo”, explicou.

Para lidar com essa crise, a empresa se comprometeu a economizar R$ 1,5 bilhão ainda em 2025. Entre as medidas está o Plano de Desligamento Voluntário, o qual visa uma economia anual de R$ 1 bilhão.

Além disso, há expectativa de um financiamento de R$ 3,8 bilhões junto ao Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco dos Brics, que tem Dilma Rousseff como presidente.

No ano anterior, as estatais federais alcançaram receita recorde de R$ 1,3 trilhão e R$ 6,7 trilhões em ativos, com crescimento anual de 4,9% e 10,9%, respectivamente. O lucro líquido, no entanto, caiu 41%, totalizando R$ 116,6 bilhões, devido principalmente à redução dos ganhos da Petrobras. Sem considerar a petroleira, o lucro cresceu 9,4% em relação a 2023, chegando a R$ 79,6 bilhões.

Servidores e concursos

A proposta orçamentária para 2026 prevê aumento das despesas primárias com pessoal, passando de R$ 315 bilhões para R$ 350,4 bilhões, incluindo servidores civis e militares.

O governo justifica essa expansão na folha de pagamento pelos reajustes e reestruturações acordados com categorias do funcionalismo, bem como pelos concursos públicos e novas contratações programadas para o ano.

O orçamento reserva R$ 1,5 bilhão para concursos e contratações no Poder Executivo federal, além de R$ 1,8 bilhão destinados a seleções e contratações na área de educação, incluindo os novos Institutos Federais, somando R$ 3,3 bilhões para processos seletivos federais. Estão previstos 42.892 novos cargos a serem preenchidos.

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