PM da Rota envolvido em morte próxima a local de baleamento de policial civil

O sargento Marcus Augusto Costa Mendes, da Rota, que baleou um policial civil na noite da última sexta-feira (11/7) no Campo Limpo, zona sul de São Paulo, esteve envolvido em um homicídio a aproximadamente 500 metros do local, cerca de um mês antes do incidente.

De acordo com o boletim de ocorrência, Mendes e o cabo Robson Santos Barreto estavam em patrulhamento quando decidiram verificar um ponto conhecido por tráfico de drogas na Rua Lisse. No local, encontraram quatro indivíduos que fugiram, sendo que um deles entrou em uma residência, seguido pelos policiais.

Os policiais alegaram que dispararam tiros porque o suspeito estava armado. O corpo da vítima apresentava quatro ferimentos, sendo dois no tórax e dois no abdômen. As armas foram apreendidas, mas o número exato de disparos não foi especificado no relatório.

Na ocorrência desta sexta-feira, o sargento Mendes baleou o policial civil Rafael Moura da Silva, alegando tê-lo confundido com um traficante. Testemunhas relataram que ele chegou na rua Pedro Faber, onde estava o agente.

O delegado Antonio Giovanni Neto instaurou um inquérito para apurar o caso, que inicialmente está sendo tratado como legítima defesa putativa, quando alguém age acreditando estar sob ameaça injusta, sem que isso seja verdade. Ainda não é possível determinar se houve excesso por parte do policial.

As imagens da câmera corporal do sargento mostram ele correndo e entrando em uma viela, quando encontra um homem armado e reage com quatro tiros antes de recuar. A gravação não foi disponibilizada ao público.

O policial civil Rafael Moura da Silva está em estado gravíssimo após o baleamento, internado no Hospital das Clínicas, onde foi submetido a cirurgia e deverá passar por novo procedimento. Ele sofreu lesões graves nos órgãos internos, incluindo baço e pâncreas, e uma bala está alojada em sua coluna.

O hospital está solicitando doações de sangue para ajudar no tratamento do policial.