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Pobreza ameaça a democracia tanto quanto o extremismo, diz Lula na ONU

Ao falar na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira (23), que a pobreza representa uma ameaça à democracia tão grande quanto o extremismo.
“A democracia não funciona direito quando as mulheres recebem salários menores que os homens ou são vítimas de violência dentro de casa. Ela enfraquece quando fecha suas portas e culpa migrantes pelos problemas do mundo.”
“Por isso, com satisfação, recebemos da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) a notícia de que o Brasil saiu do mapa da fome em 2025. Entretanto, ainda existem 670 milhões de pessoas passando fome no mundo, e cerca de 2,3 bilhões enfrentam insegurança alimentar”, destacou.
Para o presidente Lula, a única batalha que todos podem vencer juntos é aquela contra a fome e a pobreza.
“Esse é o propósito da Aliança Global que lançamos no G20 e que já tem o apoio de 103 países”, pontuou, ressaltando que a comunidade mundial precisa mudar suas prioridades.
Dentre as prioridades mencionadas por Lula estão a diminuição dos gastos com conflitos armados e o aumento da ajuda para o desenvolvimento, o alívio da dívida externa dos países mais pobres, especialmente os africanos, e o estabelecimento de regras mínimas para tributação global, “para que os extremamente ricos paguem mais impostos do que os trabalhadores”.

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