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Poli planeja 1º curso trilíngue da USP
O curso terá classes com docentes da USP e de cinco universidades francesas, parceiras da Poli nesse projeto. A ideia é ter de 20% a 30% do conteúdo com professores estrangeiros e reforço de idioma aos calouros para frequentar essas classes. São previstas 60 vagas anuais.
A reitoria informou que a criação do curso ainda depende do aval do Conselho de Graduação. O projeto será levado pela Poli ao órgão só em 2016.
O perfil da graduação será generalista, diferente das outras Engenharias da USP, atualmente mais especializadas. “O engenheiro do futuro precisa ter formação mais abrangente, capacidade de correlacionar questões, como em energia e meio ambiente”, explica Laerte Sznelwar, professor da Poli que coordena a comissão para desenvolver o curso.
Para atingir esse objetivo, outra proposta é ter carga horária maior de humanidades e Ciências Biológicas. Ao fim da formação, de acordo com ele, o aluno ainda teria a opção de fazer uma especialização, por dois anos.
Financiamento
Com a crise da universidade, a Poli não pretende recorrer aos cofres da reitoria. “Não vamos disputar recursos do ICMS (uma cota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços é a principal fonte de receita da USP)”, diz Sznelwar. “Buscaremos verba do setor público e privado, mas sem perder o caráter público do curso.”
Inaugurado em 2012, o câmpus de Santos já tem um curso da Poli, o de Engenharia de Petróleo. A reitoria planejava expansões já em 2016, mas os projetos foram interrompidos pelas restrições orçamentárias. A diretoria da Escola Politécnica da USP inaugurou na semana passada o Laboratório de Geomática do câmpus, justamente para dar suporte às atividades das disciplinas de Geomática e Informações Espaciais para o curso de Engenharia de Petróleo. Os investimentos nos equipamentos foram feitos diretamente pela direção da Poli-USP.
A USP Santos funciona na antiga Escola Estadual Cesário Bastos. O prédio histórico ainda precisa de reformas para ser totalmente aproveitado pela universidade. Segundo Sznelwar, outros imóveis públicos poderão ser usados para abrigar a nova graduação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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