Centro-Oeste
Polícia confirma suspeita de dono de empresa em morte de aves coladas no muro

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) indiciou o proprietário da empresa de dedetização Ativa Conservação e Serviços, suspeito da morte de dezenas de aves encontradas grudadas em um muro em Vicente Pires.
De acordo com a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA), o empresário responderá por 30 crimes ambientais, entre eles maus-tratos com resultado de morte. A empresa Ativa negou as acusações.
O incidente ocorreu após a aplicação de um produto químico destinado a afastar pombos, que acabou causando a morte de outras espécies de aves.
A equipe da DRCA foi ao local para coletar evidências, registrar fotos e tomar as providências legais necessárias.
Provas
Inicialmente, as denúncias indicavam a morte de 50 aves, mas durante a investigação foram confirmadas mortes de 30 animais.
A pena para maus-tratos é de 3 meses a 1 ano de detenção por animal, o que pode resultar em uma sentença mínima de 7 anos e meio de prisão caso seja condenado.
Uma cópia do processo foi enviada ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram) para análise de multa administrativa e adoção das medidas ambientais cabíveis.
A Justiça impôs uma multa de R$ 10 mil à Ativa e proibiu que realize novos serviços de controle de fauna, flora ou pragas. Serviços para afugentar pombos também estão vetados.
Posição da empresa
O Metrópoles contatou a Ativa, que negou qualquer conduta criminosa. Afirmou que não utilizou substâncias ou métodos que possam ter causado a morte de aves ou outros animais.
A empresa destacou que trabalha conforme normas legais e técnicas do setor, utilizando produtos registrados e autorizados pelos órgãos competentes, que são atóxicos, repelentes e não letais, voltados exclusivamente ao controle preventivo de animais sinantrópicos.
O proprietário e a empresa se colocaram à disposição das autoridades para colaborar integralmente com o esclarecimento dos fatos.

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