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Polícia de Israel recomenda que Netanyahu seja acusado por corrupção

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Netanyahu se reuniu hoje com seus advogados e principais assessores para abordar a questão

Polícia de Israel recomendou nesta terça-feira à Procuradoria que acuse o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, por recebimento de propina, fraude e abuso de confiança em dois casos pelos quais era investigado há um ano, informaram fontes policiais.

“Ao terminar a investigação do Caso 1000, a polícia concluiu que há evidências suficientes contra o primeiro-ministro por suspeitas dos crimes de receber propina, fraude e abuso de confiança em relação à sua conexão com Arnon Milchan e fraude e abuso de confiança na sua conexão com o empresário australiano James Packer”, diz a nota policial.

Trata do caso no qual Netanyahu é investigado por aceitar luxuosos presentes de milionários para ele e sua família – como charutos e champanhe francês – em troca de favores.

O produtor de Hollywood Arnon Milchan e o milionário australiano James Packer, assim como seus assistentes e empregados, foram interrogados pela polícia, que segundo os veículos de imprensa deduziu que muitos favores eram feitos a pedido da família de Netanyahu.

O primeiro-ministro e sua esposa, Sara, reconheceram ter recebido os presentes, mas alegaram que era uma mera gentileza “entre amigos” e negam ter dado qualquer coisa em troca.

No segundo caso, denominado 2000, é investigada uma suposta tentativa de pacto entre Netanyahu e Arnon Mozes, editor de um dos jornais de maior circulação em Israel, o “Yedioth Ahronoth”, que propunha uma cobertura mais positiva do premiê em troca de dificultar a distribuição do concorrente gratuito “Israel Hayom”.

polícia também recomendou acusar Mozes, “porque há evidências suficientes de que cometeu suborno”.

Netanyahu se reuniu hoje com seus advogados e principais assessores para abordar a questão. Após ser divulgada a recomendação da polícia, o primeiro-ministro fez um pronunciamento transmitido pela televisão e qualificou as acusações de “difamação” contra ele e sua família com o objetivo de “tirá-lo do poder”.

“Atacaram brutalmente minha mulher e meus filhos para me ferir”, disse Netahyahu, que acrescentou que continuará exercendo o cargo de primeiro-ministro “de maneira responsável e fiel”, já que “desta vez as coisas terminarão em nada”, pois não têm “nenhun fundamento”.

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