Polícia desmantela grupo de falsificadores de Picasso e Rembrandt na Europa

Uma grande operação conseguiu desarticular uma quadrilha responsável pela falsificação de obras de arte dos renomados artistas Picasso, Rembrandt e Rubens na Alemanha e na Suíça, segundo comunicado divulgado pela polícia da Baviera na última sexta-feira (24).

O principal suspeito, um homem alemão de 77 anos, teria, junto com outros dez envolvidos, tentado comercializar vinte pinturas falsas atribuídas a mestres flamencos, assim como a Picasso, Joan Miró, Amedeo Modigliani e Frida Kahlo, por valores que variavam de 400 mil euros (equivalente a 464 mil dólares ou 2,4 milhões de reais) até 130 milhões de euros (aproximadamente 150 milhões de dólares ou 807 milhões de reais).

Em 15 de outubro, as autoridades realizaram buscas em diversas cidades do sul da Alemanha, em Berlim, Potsdam, além de cinco cantões da Suíça e em Liechtenstein, conforme informado pela polícia alemã.

As investigações começaram após o principal acusado tentar vender obras supostamente originais de Picasso, incluindo um retrato de Dora Maar.

Além disso, ele buscava compradores para uma cópia do famoso quadro de Rembrandt, “Os Síndicos da Guilda dos Tecelões”, avaliada em 150 milhões de dólares.

A obra original, considerada o último grande retrato do pintor flamengo, está preservada no Rijksmuseum de Amsterdã, na Holanda.

Esta cópia, provavelmente produzida no século XX, estava em posse de uma senhora suíça de 84 anos, que também é alvo das investigações conduzidas pelas autoridades alemãs e suíças.

Os envolvidos tentavam convencer possíveis compradores de que a cópia seria a original, enquanto a obra do Rijksmuseum seria, na verdade, a falsificação.

A polícia da Alemanha emitiu mandados de prisão contra o principal suspeito e outro homem de 74 anos, residente no oeste do país, que era responsável por produzir certificados para garantir a autenticidade das obras falsificadas.

Atualmente, ambos se encontram em liberdade condicional.