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Polícia detalha últimos passos de paulistas assassinados em emboscada no Paraná

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A Polícia Civil esclareceu como ocorreu o crime que resultou na morte de paulistas desaparecidos por 45 dias no Paraná. Eles foram mortos em agosto deste ano após terem sido contratados para cobrar uma dívida naquele estado. As investigações indicam que não houve tortura nem cativeiro, e os corpos foram enterrados logo após o assassinato.

Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Henrique Afonso e Alencar Gonçalves de Souza desapareceram após saírem de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, no dia 5 de agosto. Os corpos foram encontrados em 19 de setembro em uma área de mata em Icaraíma, Paraná.

A polícia ainda investiga os autores do crime, com os principais suspeitos sendo Antônio Buscariollo e Paulo Buscariollo — pai e filho — suspeitos de serem devedores da dívida de R$ 255 mil que o grupo foi cobrar.

Cobrança da Dívida

Alencar, natural do Pará, contratou Diego para cobrar a dívida, que custaria 50% do valor devido. Em conversas recuperadas, Alencar manifestou apreensão sobre possíveis retaliações dos Buscariollo, conhecidos por envolvimento em atividades ilícitas em Icaraíma.

Ao chegarem em Vila Rica, Icaraíma, os quatro tentaram negociar a dívida com os suspeitos, porém sem sucesso. Na manhã do dia 5, Diego enviou áudios à esposa informando que os Buscariollo estavam armados e se escondendo.

O grupo retornou à Vila Rica numa Fiat Toro, veículo mais tarde encontrado enterrado em um bunker próximo à propriedade rural onde a dívida teria origem. Os corpos foram achados a cerca de 500 metros do local.

Detalhes da Execução

A investigação mostra que os quatro foram mortos ao chegarem ao local da dívida, por volta das 12h30, numa emboscada com disparos de cinco armas diferentes em três pontos distintos.

A polícia confirmou que não houve sequestro ou tortura, com as mortes sendo imediatas. Após o assassinato, os corpos foram transportados em um dos veículos até o local de sepultamento, enquanto o outro carro foi enterrado no bunker.

Investigação e Histórico Criminal

Uma linha investigativa aponta possível envolvimento das partes com o crime organizado, devido a negócios ilícitos ligados à dívida. As autoridades investigam as conexões, mas ainda não confirmam ligações criminais diretas entre amigos e suspeitos.

O histórico criminal de ambos os lados foi analisado: Antônio Buscariollo responde por posse ilegal de arma, e Paulo Buscariollo não possui registros. Entre as vítimas, há antecedentes variados, incluindo ameaças, estelionato, tráfico de drogas e tentativa de homicídio.

Próximos Passos das Investigações

A Polícia Civil do Paraná informou que as investigações continuam e podem levar meses devido à grande quantidade de dados e análises periciais necessárias para esclarecer o momento das mortes e demais detalhes do crime.

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