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Polícia do DF apura esvaziamento de pneus de 17 veículos da corporação
Parte da categoria está paralisada; sindicato nega ter cometido vandalismo. Carros fazem transporte de presos; atividade foi ‘dificultada’, diz direção.
A Polícia Civil do Distrito Federal investiga suposto vandalismo contra 17 carros da corporação, que amanheceram com os pneus esvaziados nesta terça-feira (8). Os veículos pertencem à Divisão de Controle e Custódia de Presos e são usados na transferência de detentos entre presídios e audiências judiciais. Parte dos bicos de ar dos pneus foi danificada.
Até as 15h, a corporação não tinha divulgado informações sobre suspeitos. Em nota, a direção-geral afirmou que o caso “dificultou a atividade”, mas o traslado dos presos foi realizado.
Nesta segunda (7), policiais civis deram início a uma paralisação que resultou no corte das visitas a detentos e dos transportes de presidiários. Em nota divulgada nesta terça, a direção do sindicato da categoria (Sinpol-DF) diz condenar o suposto ato criminoso de danificar os carros.
No texto, a categoria afirma que o movimento é pacífico e “pede que o caso seja rigorosamente apurado”, “a fim de deixar claro que [o sindicato] não participa ou compactua com atos como esse”.
A paralisação dura 72 horas e questiona a cessão de 115 agentes para a Subsecretaria do Sistema Penitenciário. Segundo o sindicato, o acordo feito com o Ministério Público fere a Lei Federal 13.064/14, que determinou o retorno dos servidores à Polícia Civil.
Cessão ‘temporária’
O diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba, afirmou que policiais civis têm competência e manterão as audiências de custódia durante a paralisação dos agentes. Segundo ele, a cessão dos agentes é temporária e ocorre até a realização de concurso na área.
Em nota, a corporação disse que não serão interrompidos os serviços de registro de ocorrências, investigações ou perícias. “[A Polícia Civil] Esclarece, ainda, que serão adotadas as medidas legais pertinentes se houver algum prejuízo aos direitos das pessoas recolhidas na carceragem.”
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