Brasil
Polícia esvazia prédio na Liberdade, em SP, para investigar série de crimes
A Polícia Civil esvaziou, na tarde desta terça-feira (10), um prédio na Liberdade, no Centro de São Paulo, para investigar uma série de crimes, entre eles homicídios e tráfico de pessoas. O local abrigava uma casa de prostituição.
A operação foi um desdobramento das investigações da morte de um executivo americano, em janeiro. Cerca de 70 pessoas – garotas de programa, clientes e uma mulher suspeita de ser a gerente do ponto de prostituição – foram levadas para a delegacia.
O prédio de oito andares na Rua Conselheiro Furtado tem 23 apartamentos, a maioria alugado. Todos foram esvaziados. A polícia investiga dois assassinatos entre outubro e janeiro. O caso mais recente foi a morte do executivo americano David Benjamin Sommer, de 50 anos. Ele foi assassinado pelo então gerente do prostíbulo.
Segundo a polícia, Alisson Gonçalves Canuto, de 28 anos, confessou o crime e mostrou o local onde enterrou o corpo. Alisson era namorado de uma das garotas com quem Benjamin estava envolvido. A polícia também investiga a suspeita de tráfico de drogas e exploração da prostituição no prédio.
“Temos notícia que há o recrutamento e talvez até o tráfico de pessoas e nós vamos chegar aos autores”, afirmou a delegada Kelly Cristina César de Andrade.
O imóvel ainda tem uma série de irregularidades. Uma vistoria da Prefeitura encontrou falhas na segurança. Em uma das saídas de emergência no andar térreo funciona uma igreja. Segundo o pastor, os administradores da casa de prostituição fecharam a saída original.
Funcionários da subprefeitura da Sé lacraram o prédio. O imóvel só vai poder ser reaberto quando os proprietários comprovarem que corrigiram todos os problemas de segurança.
Os investigadores ouviram e depois liberaram as 70 pessoas detidas. Advogados dos donos dos apartamentos não quiseram gravar entrevista, mas disseram que vão entrar na Justiça contra a interdição.
Fonte: G1
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