Economia
Polícia Federal apreende bens de luxo e dinheiro em operação contra banco
A Polícia Federal realizou uma grande apreensão de carros de luxo, obras de arte, relógios valiosos e aproximadamente R$ 1,6 milhão em dinheiro durante a Operação Compliance Zero, desencadeada nesta terça-feira. A investigação busca desvendar um esquema suspeito de criação e negociação de títulos de crédito falsificados, envolvendo instituições do Sistema Financeiro Nacional.
Até o momento, seis pessoas foram detidas, sendo quatro prisões preventivas e duas temporárias, e as autoridades indicam que novas prisões podem ocorrer conforme as investigações avançam.
A Justiça também ordenou o bloqueio de R$ 12,2 bilhões em contas relacionadas aos investigados, com o objetivo de interromper o movimento de recursos ilícitos e assegurar a recuperação dos valores possivelmente desviados por meio de operações financeiras fraudulentas.
Dentre os investigados, está o banqueiro Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, que foi preso na noite de segunda-feira enquanto tentava embarcar em um jatinho no Aeroporto de Guarulhos. A PF apura se o banqueiro tentava fugir.
Ações do Banco Central
No mesmo dia, o Banco Central decretou a liquidação do Banco Master, incluindo a Master Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários. Além disso, instituiu um regime de administração especial temporária com duração de até 120 dias para o Banco Master Múltiplo.
O conglomerado financeiro possuía R$ 86,396 bilhões em ativos, configurando o maior processo de liquidação na história do sistema financeiro brasileiro.
Mandados e Localidades
As autoridades cumprem mandados de prisão preventiva e temporária, além de buscas e apreensões em diversas regiões, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal. Entre os envolvidos estão pessoas vinculadas ao Banco Master.
Investigação e Crimes Apontados
As apurações iniciaram em 2024, após solicitação do Ministério Público Federal para investigar a possível fabricação de carteiras de crédito sem lastro adequado. Segundo a investigação, esses títulos teriam sido negociados com outra instituição financeira e, após uma fiscalização do Banco Central, substituídos por ativos sem avaliação técnica adequada.
A Polícia Federal investiga crimes como gestão fraudulenta, gestão temerária, formação de organização criminosa, entre outras infrações.

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