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Polícia Militar articula Operação Tartaruga

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Em março de 2012, a segurança pública do DF atravessou uma crise sem precedentes. O saldo de 88 mortes em 30 dias colocou a capital federal como um dos lugares mais violentos do país, à frente inclusive do Entorno, que, no mesmo período, registrou 54 assassinatos. Contribuiu para o aumento da violência a Operação Tartaruga, deflagrada por milhares de praças da Polícia Militar. O movimento perdeu força só quando o governo chamou a categoria e acenou para uma negociação.

Dois anos depois, as associações que representam os militares consideraram os avanços tímidos e decidiram retomar o protesto. O discurso dos presidentes das entidades é no sentido de estimular a tropa a atrasar o atendimento de ocorrências. Cientes de que a pressão sobre o governo local em 2014 será maior, por ser ano de eleições, as lideranças organizaram um calendário de reuniões com integrantes da corporação. Todos os encontros têm como objetivo inflamar os policiais.

Os reflexos da insatisfação policial começam a transparecer nas ruas. Somente nos primeiros 12 dias de 2014, foram registrados 25 homicídios na capital federal, média de duas mortes a cada 24 horas. O presidente interino da Associação de Praças da Polícia Militar, sargento Manoel Sansão, acusa o GDF de omissão e acredita que as estatísticas relacionadas à violência tendem a aumentar a “níveis de guerra”. “Não queríamos que chegasse a esse ponto, mas o GDF não nos deu outra escolha. Estamos organizando uma Operação Tartaruga jamais vista. Infelizmente, a população vai sentir os efeitos, mas não temos outra escolha. Temos de ser ouvidos”, ameaçou Sansão.

Em fevereiro, a entidade promoverá um café da manhã com centenas de soldados, cabos, sargentos e suboficiais. “A mensagem é clara: queremos mostrar às autoridades que não é um bom negócio ignorar uma categoria tão importante quanto a nossa. A palavra de ordem é radicalizar”, informou Sansão.

 

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