Centro-Oeste
Polícia prende responsável por clínica após suspeita de maus-tratos

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) efetuou a prisão em flagrante do responsável técnico por um centro de reabilitação irregular em Valparaíso de Goiás (GO), localizado no entorno do Distrito Federal, na quinta-feira (16/10).
De acordo com a 2ª Delegacia Distrital de Polícia de Valparaíso de Goiás (5ª DRP), foram identificadas diversas irregularidades, incluindo indícios de maus-tratos.
Durante a operação, os policiais tiveram acesso a um relato angustiante de uma suposta vítima, que chegou a escrever uma carta solicitando ajuda: “Bom dia meu Deus me ajuda quero ir embora”.
A ação foi realizada em conjunto com o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), a Secretaria Estadual de Saúde (Suvisa/SES), o Creas Municipal, e contou com o apoio da 1ª DDP de Valparaíso.
As equipes compareceram ao centro de reabilitação, situado no bairro Parque Santa Rita de Cássia, em Valparaíso, propriedade de um casal que não estava presente durante a diligência.
O conjunto inicial dessa operação teve início após uma vistoria conduzida pelo MPGO na quarta-feira (15/10), quando foram encontrados mais de 30 internos em condições precárias, desprovidos de atendimento médico e vivendo em situação vulnerável.
Na volta à unidade acompanhada pela Polícia Civil, foi observado que quase todos os residentes haviam sido removidos rapidamente, o que para os investigadores indica uma possível tentativa de esconder as irregularidades.
Durante a fiscalização, diversos medicamentos controlados foram apreendidos por estarem armazenados de maneira irregular, sem controle de prazo de validade, sem prescrição médica ou acompanhamento por profissional qualificado.
Também foram encontradas carteiras de cigarros estrangeiros sem documentação fiscal.
O responsável técnico do local foi autuado em flagrante por manter medicamentos de procedência desconhecida em depósito e por manipulação imprópria, condutas que colocam em risco a saúde pública.
Os demais aspectos detectados, como suspeitas de maus-tratos e exercício ilegal da profissão, estão sendo investigados em um inquérito policial específico que foi instaurado para aprofundar as apurações.

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