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Policiais acusados de estupro dizem que relação foi consensual

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Dois policiais militares, presos após serem denunciados por estuprar uma jovem em Diadema, São Paulo, afirmaram na Justiça Militar que a relação teria sido consensual. O caso ocorreu na noite do carnaval, quando eles ofereceram carona na viatura à jovem de 20 anos.

Os policiais, Leo Felipe Aquino da Silva e James Santana Gomes, seguem detidos no Presídio Militar Romão Gomes. Eles contestam a versão da vítima, alegando que ela teria demonstrado interesse por um deles e que teriam trocado números de telefone, fatos negados pela jovem.

Além disso, os policiais afirmaram que a vítima não apresentava sinais de embriaguez, mas vídeos enviados por ela mostram fala desconexa e descoordenada. Laudos indicam a presença de álcool e medicamentos em seu organismo. A jovem faz uso de remédios controlados para depressão, decorrente de um abuso anterior atribuído ao pai, que compareceu como testemunha de defesa dos PMs, apesar de não conhecer o réu ou ter presenciado o ocorrido.

No decorrer do caso, foram reveladas denúncias de consumo de bebidas alcoólicas dentro da viatura durante o horário de serviço, o que os policiais negam, afirmando que consumiram apenas energético. Eles também negaram ter se submetido ao bafômetro.

Um dos PMs entrou em contradição ao dizer que descartou apenas a bolsa e um item carnavalesco da jovem, mas imagens mostram que ele jogou fora também o celular dela, que continha fotos supostamente comprobatórias da presença de bebidas na viatura. A jovem conseguiu enviar áudios e vídeos pedindo ajuda à família antes que seus pertences fossem descartados.

O pai da jovem, que responde por abuso dela, negou estar sob investigação, mas admitiu o abuso durante o inquérito militar. A jovem registrou boletim de ocorrência e denunciou os abusos, saindo da casa do pai para morar com a mãe.

Durante a audiência, vídeos e áudios demonstram que os policiais mentiam ao dizer que não conheciam o endereço da vítima, fato que revoltou a jovem. Ela acusou os PMs de consumirem bebidas alcoólicas dentro da viatura. A jovem foi deixada descalça e machucada na Rodovia Anchieta, depois que os policiais teriam roubado seu celular para eliminar provas. Ela precisou se arriscar no trânsito para chegar a uma delegacia em São Paulo, onde foi atendida e detalhou o abuso sofrido.

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