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Policiais civis ameaçam paralisações por aumento de salário e contingente

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Os policiais civis do Distrito Federal ameaçam novas paralisações por aumento de salário e melhores condições de trabalho. O sindicato da categoria, Sinpol-DF, convocou uma reunião para a tarde desta quinta-feira (31/7) com diretores e representantes sindicais de cada unidade policial, em que discutirá essa medida e outros assuntos de interesses dos filiados, nos quais se incluem agentes de polícia, médicos legistas, peritos criminais, escrivães, agentes penitenciários, papiloscopistas e delegados. Os policiais civis do DF são os mais bem pagos e equipados do país.

A direção do Sinpol-DF afirma haver “uma enorme insatisfação entre policiais, e as lideranças sindicais alegam que tanto a União como o Governo do Distrito Federal (GDF)”. Segundo a entidade, os governos “não demonstram qualquer preocupação em solucionar os atuais problemas da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)”. “Diante da inércia das autoridades envolvidas, não descartamos a hipótese de realizar atos, paralisações e a chamada operação-legalidade para a defesa dos nossos direitos”, afirma o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco.

Em fevereiro de 2013, o sindicato fez um acordo com o GDF, o qual até agora não foi integralmente cumprido. Na ocasião, o governador Agnelo Queiroz encaminhou à presidente Dilma Rousseff uma proposta de alteração na lei que rege a PCDF, na qual se reconhecia todos os cargos como de nível superior. “O reconhecimento dos cargos como de nível superior trará maior valorização e autoestima a estes profissionais, cujas atividades são bastante complexas, exigindo alta capacidade técnica e preparo psicológico”, diz o presidente do Sinpol-DF. Ele ainda lembra que, “desde 1996, o ingresso em todas as carreiras se dá por meio de concurso que tem como pré-requisito a formação superior.”

Outra demanda considerada emergencial pelo Sinpol-DF é a nomeação imediata dos aprovados concurso. Foram formados pela Academia de Polícia Civil 1,2 mil profissionais neste ano e estão aptos a trabalhar. Entretanto, esse quantitativo não será o suficiente para solucionar a carência do DF, uma vez que existem mais de 2 mil cargos vagos para agentes de polícia e mais de 500 para escrivães, segundo o Sinplo-DF. “Fica notório o verdadeiro apagão nos recursos humanos da PCDF, cujos reflexos recaem tanto no atendimento imediato, nos plantões, quanto nas investigações criminais”, afirma Franco.

O sindicato reclama também que, atualmente, os plantões nas delegacias contam com apenas três ou quatro policiais, número insuficiente para atender com um mínimo de qualidade, e segurança, o cidadão que quer registrar uma ocorrência criminal, além de extravio de documentos, desaparecimento de pessoas e acidente de trânsito com ou sem vítimas. Falta pessoal também nas seções de investigação, e dessa forma um policial chega a investigar de 10 a 20 casos ao mesmo tempo. A sobrecarga pode gerar não só atraso na resolução e prisão dos suspeitos, como comprometer diretamente a qualidade das investigações.

O impacto financeiro com a nomeação dos aprovados no concurso chegaria à R$ 50 milhões mensais. “Só neste ano, a União disponibilizou ao GDF, por meio do Fundo Constitucional, cerca de R$ 11 bilhões, e boa parte dessa quantia deveria ser destinada, prioritariamente, para a área da segurança pública, suprindo a contratação de pessoal na PCDF, entre outras demandas”, afirma o presidente do Sinpol-DF.

Fonte: Correio Web

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