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Policial ameaça vítimas em esquema de agiotagem no interior de São Paulo

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Um policial civil está sendo acusado de envolvimento em um esquema de agiotagem no interior de São Paulo, cujo julgamento teve a condenação revertida pela 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado. Ele realizava ameaças de morte às vítimas através de mensagens de WhatsApp, cujos prints foram apresentados pelos promotores do Gaeco de Franca na denúncia e citados na sentença de primeira instância que condenou o grupo.

Em um dos recados, o policial escreveu mensagens agressivas e ameaçadoras, demonstrando a intensidade das intimidações feitas às vítimas. Em outra mensagem ele exige a devolução do dinheiro com ameaças de violência contra o alvo.

As investigações apontam que o grupo atuava desde 2020 na região, impondo taxas abusivas em empréstimos e cobrando pagamentos por meio da intimidação e agressão física. Evanderson Lopes Guimarães, apontado como o líder, contava com uma rede de empresas e cúmplices para atrair as vítimas e forçar o pagamento.

O policial, que supostamente colaborava com o grupo, foi citado em conversas interceptadas com outros envolvidos, inclusive com Evanderson. Em diálogo, discutem sobre investimentos financeiros e mencionam agressões sofridas como parte da operação.

Ao anular as condenações, o desembargador Marco Antônio Pinheiro Machado Cogan limitou-se a destacar a presença do nome do policial em documentos apreendidos durante as investigações. Ele considerou insuficientes as provas para comprovar a formação de uma organização criminosa, baseando-se em uma doutrina anterior à atual legislação sobre grupos criminosos.

A soma das penas em primeira instância ultrapassava 143 anos, distribuídas entre sete acusados. Contudo, após a decisão do desembargador, apenas crimes relacionados à usura foram mantidos contra alguns integrantes, que tiveram as penas reduzidas e foram liberados.

As vítimas entrevistadas revelam que as ameaças persistiram mesmo com a prisão dos envolvidos, usando números de telefone diferentes para continuar as cobranças violentas. Muitas pessoas relatam o medo constante e as mudanças drásticas que tiveram que fazer para tentar se proteger.

Uma das vítimas declarou que vive com medo há anos, precisando até se mudar para a casa de um familiar e trabalhando arduamente para reverter os juros cobrados. A decisão judicial que liberou o grupo tem gerado apreensão entre os prejudicados, que temem novas represálias.

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