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Policial que foi inocentado na morte de Leandro Lo volta a trabalhar na Polícia Militar
O policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo retornou oficialmente às funções na Polícia Militar de São Paulo na terça-feira, 18 de novembro, após ter sido inocentado na morte do campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo.
A corporação informou que Henrique reassumiu seu posto anterior à prisão, seguindo uma decisão liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo, formalizada em um decreto publicado em 28 de outubro de 2025.
Henrique Velozo foi absolvido por um júri popular no dia 14 de novembro, que aceitou a tese de legítima defesa apresentada pela defesa. Ele foi acusado de matar Leandro Lo durante uma briga em um show de pagode na zona sul de São Paulo, ocorrido em agosto de 2022.
Após a sentença, o policial deixou a prisão no sábado, 15 de novembro, após mais de três anos e três meses de encarceramento preventivo. No dia seguinte, ele divulgou um vídeo pedindo desculpas à família e amigos do lutador, afirmando que “teve que se defender para proteger sua própria vida”.
Preso desde agosto de 2022 no presídio militar Romão Gomes, na zona norte de São Paulo, o tenente perdeu inicialmente o direito ao recebimento do salário, que é de R$ 10,8 mil. Porém, essa suspensão foi revertida em março de 2024 pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, que considerou que a suspensão do pagamento violava a presunção de inocência, uma vez que ele não foi condenado.
De acordo com documentos do Tribunal de Justiça Militar, após o disparo que atingiu Leandro Lo na cabeça, o policial teria dado dois chutes na região ferida e, sem prestar ajuda ou solicitar socorro, saiu do local do crime para frequentar outra boate em Moema, continuando a consumir álcool em grande quantidade.
Detalhes do Caso
Leandro Lo, campeão mundial de jiu-jítsu, foi baleado aos 33 anos após uma discussão com o tenente da PM Henrique Otávio Oliveira Velozo durante um show em São Paulo, em agosto de 2022. Depois da confusão, o policial foi atacado com uma garrafa e imobilizado por Leandro Lo. Após conseguir se levantar, sacou uma arma e atirou na cabeça do atleta.
Henrique Otávio foi preso em flagrante e responde por homicídio com qualificadoras relacionadas a motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. Sua defesa sustentou que agiu em legítima defesa, tese que foi acatada pelos jurados no julgamento.

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