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Política: Autoridades de segurança pública de São Paulo reforçam necessidade de políticas públicas para jovens

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Parlamentares e autoridades da segurança pública de São Paulo reforçaram a necessidade de direcionar políticas públicas aos jovens de 12 a 18 anos – faixa de maior letalidade, segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR). Eles discutiram a política de segurança do estado em reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga a violência contra jovens negros e pobres.

Em São Paulo, o índice de homicídios na adolescência (IHA) nesta faixa etária é de 0, 88. Do lado oposto, com 6,76, Alagoas, lidera o ranking de homicídios entre as cidades com mais de 200 mil habitantes. A pesquisa usou dados de 2012.

Ainda assim, para o presidente da CPI, o mineiro Reginaldo Lopes (PT), é preciso superar a ideia de que o homicídio não tem conteúdo racial:

“Mesmo no estado de São Paulo onde a população negra é menor do que a população branca e quando você vai olhar a taxa de homicídio é uma vez e meia mais do que a morte de brancos. E quando você olha no geral, de todas as mortes de jovens, 80% são de negros e pobres. O que na verdade é racista é o Estado brasileiro.”

Durante reunião da CPI, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre Moraes, informou que a taxa de assassinatos entre jovens negros no estado é de 30,9 (por 100 mil habitantes) – inferior à média no País de 70,8.

“A polícia paulista não é racista, a polícia é uma instituição treinada, legalista e eventuais excessos praticados por alguns policiais, esse policiais serão punidos, presos e expulsos e não podem contaminar a história de legalidade e auxílio à sociedade que tem a polícia de São Paulo.”

O presidente da CPI da Câmara dos Deputados sobre a violência contra jovens negros e pobres, Reginaldo Lopes, informou que na próxima quinta-feira (2) a comissão vai debater a possibilidade de a polícia militar registrar as ocorrências e encaminhar as investigações aos juízes – o denominado “ciclo completo”. Hoje a competência da polícia é conduzir a pessoa à delegacia.

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