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Políticas públicas são essenciais para fortalecer a soberania

Soberania é uma palavra abstrata, mas que impacta diretamente nosso dia a dia. Recentemente, ela tem aparecido muito nas redes sociais, debates públicos, e até em roupas, depois das sanções aplicadas pelo governo dos Estados Unidos a autoridades brasileiras.
Mais do que discutir interferências estrangeiras, especialistas consultados pela Agência Brasil alertam que envolver o público continuamente no tema é essencial. A soberania depende de políticas públicas que fortalecem o Estado, as comunidades e a cidadania.
Um exemplo claro está na área ambiental. O pesquisador Helder Guimarães, do Centro Soberania e Clima, destaca que o Estado precisa investir em educação para que a população entenda o significado da soberania, considerando a Amazônia e o meio ambiente como questões centrais.
“A partir do ensino básico, o tema deve estar presente na escola e no debate público”, afirma Helder Guimarães.
Pertencimento
O cientista político Leonardo Barreto reforça que a percepção de soberania nasce quando as pessoas sentem seus direitos garantidos e protegidos no lugar onde vivem, criando uma conexão verdadeira com o território.
Para ele, o atual momento de crise reforça a necessidade de reflexão sobre essa ligação, que deve surgir da experiência e não ser imposta.
“A soberania é a identificação com a terra, direitos, respeito e confiança nas instituições, e o sentimento de que vale a pena viver e lutar por esse lugar.”
Bem-estar e controle
Soberania também está relacionada ao controle do país sobre sua energia, ciência, cultura e meio ambiente, o que reflete diretamente no bem-estar coletivo e dignidade da população, destaca Helder Guimarães.
Ele enfatiza que para o Brasil se firmar internacionalmente, precisa fortalecer políticas de fiscalização e controle, sobretudo na Amazônia, combatendo crimes ambientais e buscando um desenvolvimento sustentável.
Sentido de comunidade
Leonardo Barreto aponta que proteger a soberania passa pelo combate à pirataria e mineração ilegal, além do investimento em tecnologias como satélites e ferramentas de inteligência.
Ele recomenda ainda valorizar as comunidades tradicionais para fomentar tanto o desenvolvimento quanto a conservação dessas áreas, destacando a importância da ciência e inovação para esses objetivos.
Um momento decisivo na história
A professora Albene Klemi, da Universidade de Brasília, observa que a soberania é fragilizada pela dependência tecnológica e pela falta de políticas públicas consistentes.
Ela lembra que outros países também enfrentam ingerências e que, por isso, o fortalecimento dos Estados e da participação do cidadão é vital para ampliar o sentimento de proteção à nação.
Esse é um momento histórico que pode transformar a soberania de um conceito abstrato em algo concreto e fortalecido, dependendo da reação do Brasil diante das atuais interferências.

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