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Políticos solicitam investigação sobre atuação de Moraes no caso Banco Master
Após o arquivamento do pedido de investigação feito pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, sobre a possível atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para favorecer o Banco Master, novos pedidos para apurar sua conduta surgiram de políticos. Moraes nega qualquer irregularidade no episódio.
Na Procuradoria-Geral da República (PGR), o vereador de Curitiba Guilherme Kilter (Novo) apresentou um pedido para que a atuação de Moraes seja investigada. No Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o vice-líder da oposição na Câmara, o deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS), fez um pedido semelhante.
Esses pedidos ocorreram após reportagens indicarem que Moraes teve conversas sobre o caso Banco Master com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo e confirmadas pelo Estadão. O escritório de advocacia da esposa de Moraes, Viviane Barci, tinha contrato milionário com o banco.
Em um único dia, Moraes teria ligado seis vezes para Galípolo tratando do assunto. Entretanto, para Gonet, não há evidências concretas que provem que Moraes pressionou a autoridade do Banco Central. Moraes negou as acusações, afirmando que discutiu com Galípolo apenas questões sobre sanções financeiras dos Estados Unidos.
Essa foi a primeira posição do procurador-geral em relação ao caso. Indicado ao cargo com apoio de Moraes, Gonet mantém boa relação com ele e com o STF.
O vereador Kilter destaca no pedido à PGR que as ligações feitas por Moraes demonstram a intensidade da pressão exercida sobre a autoridade monetária. Segundo ele, o ministro teria usado sua posição para defender interesses privados junto à administração pública, o que poderia configurar o crime de advocacia administrativa previsto no Código Penal.
Kilter ainda aponta um conflito de interesse claro entre Moraes e o Banco Master, dado o contrato milionário do escritório da esposa do ministro com a instituição financeira.
Já o deputado Sanderson requereu a abertura de um procedimento para apuração na Corregedoria Nacional de Justiça, incluindo a solicitação de documentos, registros de comunicações e depoimentos que possam ajudar a esclarecer os fatos.
Sanderson reconhece a ausência de provas de interferência de Moraes na Polícia Federal, que investiga o caso, mas ressalta que relatos da mídia indicam a possibilidade, justificando uma apuração cuidadosa e independente.


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