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População viu a necessidade e recebeu bem o “lockdown”, diz Flávio Dino
Governador afirmou que os 11 dias de lockdown não devem significar o fim do coronavírus no Maranhão, mas deverá desacelerar o avanço da doença
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), declarou que o “lockdown” imposto na região metropolitana de São Luís, a partir desta terça-feira (5), tem como objetivo diminuir a aceleração do número de casos do novo coronavírus na cidade.
O Maranhão tem sido um dos estados mais afetados pela doença, com mais de 90% de seus leitos de UTI ocupados – o que pode configurar o colapso do sistema de saúde. Até o momento, registrou 271 mortos e mais de 4,5 mil infectados.
“Nesses dez dias de lockdown não teremos o desaparecimento do coronavírus, mas faremos a curva para baixo e poderemos prognosticar o declínio de casos”, declarou o governador à rádio CBN na manhã desta terça.
Durante o período de “lockdown” vão funcionar apenas serviços essenciais, como atividades ligadas à saúde, segurança, alimentação e limpeza pública. Quem não estiver trabalhando nesses setores só poderá sair de casa para comprar comida, remédios ou ir ao hospital. A entrada de veículos particulares estará proibida na região. A medida responde a uma decisão judicial e vale por 11 dias.
Dino disse, ainda, que manteve os serviços essenciais, além do transporte rodoviário e ferroviário para não ter o risco de desabastecimento.
O governador também afirmou que o “lockdown” foi bem recebido por população e empresários por causa da gravidade da situação, visto que havia o risco de falta de insumos e de oferta de médicos especializados.
“Vamos alcançar nesta semana 910 leitos de UTI, vamos praticamente quadruplicar o número oferecido, ainda assim precisamos das medidas restritivas para salvar as vidas”, afirmou o governador sobre o avanço do sistema de saúde na região para dar conta dos casos de covid-19 que precisam de internação.
O governador também elogiou a implantação de fila única para o atendimento de pacientes do coronavírus na rede pública do sistema de saúde. “Mas se o poder público não a fizer, a sociedade fará por via medidas judiciais”.
Por fim, ele disse que amedida de socorro aos estados, do Congresso, é positiva. “Nós somos um dos estados que menos receberá per capita a realocação de recursos, mas considero importante essa medida para evitar o colapso do sistema público, como o penitenciário, que traria instabilidade política, social e também econômica.”
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