Agentes de vigilância ambiental cruzaram os braços em Brasília em protesto contra a falta de ajuda de custo do governo para bancar operações contra o mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zikavirose, chikungunya e febre amarela. Eles afirmam que há três anos precisam usar os próprios carros nas inspeções e que não recebem ressarcimento pelo gasto com combustível e desgaste das peças dos veículos. A Secretaria de Saúde afirmou à TV Globo que negocia com a categoria há dois meses.
A paralisação completou uma semana nesta quinta-feira (12). Paralelamente, o DF registrou 14.956 casos da doença até o dia 9 de maio. O aumento é de 126% em relação ao mesmo período do ano passado.
Brazlândia lidera. Ceilândia, São Sebastião, Planaltina, Taguatinga e Samambaia, vêm logo atrás. Juntas, essas cidades concentram mais da metade dos casos de dengue no DF.
A febre chikungunya é uma doença viral com sintomas parecidos com a dengue e transmitida pelos mesmos mosquitos, os Aedes aegypti e o albopictus. Entre eles estão dores fortes, principalmente, nas articulações, de cabeça e musculares, manchas vermelhas na pele e febre repentina e intensa, acima de 39 °C.
A recomendação em ambos os casos é de repouso absoluto e ingestão de líquidos em abundância. A automedicação é perigosa, porque pode mascarar sintomas, dificultar o diagnóstico e agravar o quadro da doença.
Como ainda não existe vacina contra o vírus, o melhor método de prevenção está no combate à proliferação dos mosquitos transmissores. As recomendações são as mesmas já conhecidas para o combate à dengue: evitar água parada em baldes, vasos de plantas, ralos e outros recipientes.
Já a zika é caracterizada por manchas, mesmo com ausência de febre. “Podem vir aquelas manchas vermelhas pelo corpo e olhos vermelhos mesmo sem ter febre. O problema é que, apesar da pouca mortalidade, se a pessoa contrair durante o período que está grávida pode dar problemas na criança”,diz a médica infectologista Rita Uchoa.
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