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Por que alguns países aceitam deportados dos EUA?

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Os governos de países como El Salvador, Panamá, Costa Rica, e alguns africanos – Uganda, Ruanda, Eswatini e Sudão do Sul – têm aceitado receber imigrantes deportados dos Estados Unidos, conforme a política de Donald Trump para combater a migração irregular.

Esses países, embora raramente comentem abertamente os motivos, têm despertado críticas, com opositores alegando que tais acordos envolvem algum tipo de benefício concedido por Washington.

Ruanda anunciou a chegada de um grupo inicial de sete pessoas em agosto, que foram acolhidas com suporte das autoridades locais.

Essa prática tem sido parte marcante da estratégia do governo Trump, que classificou esses deportados como “criminosos”.

O primeiro país a aceitar deportados foi El Salvador. Lá, mais de 250 venezuelanos, supostamente ligados a gangues, foram detidos, embora poucos tivessem antecedentes criminais nos EUA, segundo denúncias. Muitos relataram condições severas nas prisões salvadorenhas. Este movimento reforçou as relações entre os EUA e o governo local, comandado por Nayib Bukele, apesar das críticas por violações de direitos humanos.

O caso de Kilmar Abrego García, deportado erroneamente para El Salvador e posteriormente para Uganda, simboliza as controvérsias dessa política. O acordo com Uganda, que recebe significativa ajuda dos EUA, principalmente para programas de saúde, ainda não é totalmente claro.

Críticos em Uganda, como o ex-chefe de inteligência David Sejuda e o líder da oposição Robert Kyagulanyi, acusam o governo local de buscar apoio norte-americano em troca da aceitação dos deportados, inclusive os com antecedentes criminais.

Ruanda e Sudão do Sul também começaram a receber deportados, com os primeiros anunciando planos para até 250 pessoas. O Sudão do Sul, país jovem e enfrentando desafios como pobreza e recentes conflitos civis, ainda não comentou sobre o acordo.

Em Eswatini, onde estão detidos cinco deportados, preocupações com violações dos direitos humanos foram levantadas.

Essa política dos EUA foca em nações com governos que, segundo observadores, têm instituições frágeis e pouca capacidade para resistir a pressões externas, aceitando essas deportações em troca de auxílio econômico e político.

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