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Por que o governo não deve retomar o horário de verão em 2024

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Desde 2019, o governo federal não implementa o horário de verão, e a expectativa é que essa situação permaneça neste ano. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), a possibilidade de adoção da medida é remota, visto que os níveis dos reservatórios estão favoráveis, assegurando o fornecimento de energia.

Entretanto, a pasta reforça que a questão é constantemente revisada pelas autoridades responsáveis pelo sistema elétrico.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, mencionou em diversas ocasiões que espera não precisar reativar o horário de verão, embora a hipótese não esteja descartada completamente.

Em comunicado oficial, o ministério destaca que, apesar de monitorar o tema regularmente, as condições atuais indicam segurança energética até o próximo ano.

“Os reservatórios apresentam níveis estáveis e dentro do esperado para o período seco, mantendo o Sistema Interligado Nacional (SIN) em condição superior à observada no ano anterior. Projeções até fevereiro de 2026 indicam que a oferta de energia será plenamente atendida”, afirma a declaração.

Essas informações foram fornecidas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) durante reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) em setembro.

Apesar de o tema ainda estar sujeito a reavaliações, a decisão definitiva sobre a reinstauração do horário de verão geralmente ocorre entre agosto e setembro, e a tendência atual é pela manutenção da suspensão, desde que o volume de chuvas não tenha uma queda expressiva até o fim do ano.

Mudança no horário de pico de consumo

O horário de verão, implementado para diminuir o consumo de energia elétrica aproveitando a luz natural ao adiantar os relógios em uma hora, foi descontinuado em 2019, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

No entanto, a eficácia dessa estratégia diminuiu ao longo dos anos devido a mudanças nos hábitos dos consumidores.

Hoje, o maior consumo de energia ocorre no fim da tarde, impulsionado pelo uso crescente de aparelhos como ar-condicionado. Dessa forma, a economia proporcionada pela luz natural adicional se tornou menos significativa.

Silveira também afirmou que a volta do horário de verão só seria considerada em casos de necessidade urgente, como um período crítico de escassez hídrica. Atualmente, a avaliação do governo é de que esse risco não está presente.

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