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Por que o prefeito de São Paulo foi ao protesto bolsonarista na Paulista

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), participou do ato bolsonarista realizado no último domingo (3/8) na Avenida Paulista. Apesar de marcar presença, Nunes deixou o evento antes do final do discurso do pastor Silas Malafaia, que foi o último a falar. O prefeito optou por não usar o microfone, deixando que o vice-prefeito Coronel Mello Araújo (PL) representasse a gestão municipal.
Sem a presença do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), hospitalizado na ocasião, e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que acompanhou de casa devido a medidas judiciais, Nunes afirmou que sua participação não foi resultado de pressões, mas sim uma demonstração de sua preocupação quanto a penas consideradas excessivas.
“Eu decidi comparecer pois acredito que é um ato pacífico e quis demonstrar minha apreensão em relação aos exageros ocorrendo, como penas de 14, 15 ou 17 anos, prisão domiciliar e uso de tornozeleira eletrônica sem condenação”, declarou o prefeito em entrevista ao Metrópoles.
Ricardo Nunes não esteve presente no último ato bolsonarista em São Paulo, realizado em 29 de junho. Contudo, anteriormente, em abril, ele chegou a discursar no evento e foi reconhecido como “anfitrião” pelo pastor Silas Malafaia, principal organizador da manifestação.
Durante as eleições municipais do ano anterior, o prefeito precisou equilibrar o apoio e as críticas do então presidente Bolsonaro, enfrentando certo desconforto com parte do eleitorado bolsonarista que apoiava o adversário Pablo Marçal (PRTB). Vale destacar que Bolsonaro indicou Mello Araújo como vice-prefeito.
Após discussões internas na pré-campanha em 25 de fevereiro de 2024, Nunes decidiu confirmar sua participação no ato bolsonarista da Paulista. O mesmo ocorreu em 7 de setembro do ano passado, quando, embora tenha feito uma aparição rápida e tirado fotos com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), não discursou.
Os atos na Avenida Paulista
O protesto do domingo marcou o quinto ato em defesa de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista desde sua saída do Palácio do Planalto.
Segundo dados do Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da USP, cerca de 37,6 mil pessoas compareceram a manifestação, o que representa um aumento de 203,6% em relação à última, que teve 12,4 mil participantes em 29 de junho.
Outros atos ocorreram em 6 de abril de 2023, reunindo 44,9 mil pessoas, e em 7 de setembro do mesmo ano, com cerca de 45,4 mil manifestantes.
A maior concentração foi registrada em 25 de fevereiro de 2024, com aproximadamente 185 mil apoiadores de Bolsonaro.
O Monitor do Debate Político do Cebrap é o único equipamento de análise que acompanhou todos os protestos bolsonaristas na Paulista utilizando sempre a mesma metodologia, garantindo assim a confiabilidade dos dados sobre a movimentação popular nesses eventos.

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