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Por R$ 79 milhões, Metrô licita em maio término de estações da Asa Sul
O Metrô informou que vai abrir em maio a licitação para conclusão das estações da 104 Sul, 106 Sul e 110 Sul, na área central de Brasília. Elas começaram a ser construídas junto com as demais, em 1991, mas não foram abertas por falta de demanda. Entre as intervenções necessárias estão finalização do acabamento, instalação de equipamentos e construção da passarela de pedestre ligando os eixos W e L. As obras devem durar dois anos e ser feitas com recursos do PAC, ao custo de R$ 78,9 milhões.
Um estudo feito pela autarquia aponta que, com a abertura das três estações, mais 8,4 mil pessoas devem passar a usar os trens todos os dias. Atualmente o Metrô já conta com 140 mil usuários, funcionando de 6h às 23h30 entre segunda-feira e sábado e das 7h às 19h aos domingos e feriados. O órgão também estuda ampliar o funcionamento nestes outros dias.
A inauguração das três estações obedece a uma diretriz do Plano Diretor de Transporte Urbano. “Também faremos a modernização do sistema, com a compra de dez novos trens por R$ 220 milhões. Os recursos são do governo federal. Fui pessoalmente à Caixa tratar disso. A minha ideia é termos mais nove estações: além das três da Asa Sul, duas na Asa Norte, duas em Samambaia e duas em Ceilândia”, disse o presidente do Metrô, Marcelo Dourado.
Outro projeto do Metrô é comercializar em abril os espaços livres das 24 estações atuais para publicidade. Um estudo feito pela direção aponta que a autarquia deixou de arrecadar mais de R$ 300 milhões desde 2001 – quando teve início a operação comercial – com a não exploração econômica dessas áreas.
Dourado disse que também estuda abrir editais para instalação de lanchonetes, lojas de conveniência e novos terminais bancários. A ideia surgiu a partir de uma pesquisa que identificava que serviços os usuários gostariam de ter disponíveis enquanto esperavam os trens.
A iniciativa pode ainda ajudar a empresa a reequilibrar as contas. De acordo com o presidente, o gasto com pessoal, custeio e investimento gira em torno de R$ 32 milhões por mês. A arrecadação, no entanto, fica na casa dos R$ 13 milhões, e se resume basicamente à venda de passagens.
“Estou formando um grande plano de comercialização dos espaços do Metrô”, declarou Dourado. “Meu desejo é que a empresa volte a ser superavitária. Em torno de 36% dos custos do Metrô se pagam com bilhetagem. O restante, o Metrô precisa de recursos do Tesouro para poder fechar as contas com pessoal, custeio e investimento.”
O sistema tem 42 quilômetros de extensão e liga Ceilândia e Samambaia ao Plano Piloto. A estação com maior fluxo é a Central, na rodoviária do Plano Piloto, por onde passam 20 mil pessoas por dia. O preço cobrado pela passagem é de R$ 3 (R$ 2 aos finais de semana e feriados).
Mais servidores
Uma das dificuldades vivenciadas pela empresa tem sido lidar com a operacionalização da atividade: o Metrô tem déficit de funcionários e chegou a solicitar ao Executivo autorização para, mesmo com as limitações da Lei de Responsabilidade Fiscal, contratar 80 pessoas aprovadas em concurso para atuar na bilhetagem, sob o argumento de que a autarquia vive uma excepcionalidade. A falta de servidores tem levado à liberação de catracas, com prejuízo de R$ 30 mil por mês.
O Comitê de Governança do DF – que reúne as secretarias de Planejamento, Fazenda e Gestão Administrativa, além da Casa Civil e da Procuradoria do DF e monitora gastos da administração – disse entender o problema do Metrô e afirmou estar avaliando soluções. A organização declarou ainda que o Executivo está impedido de fazer novas contratações até o final de maio, por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Os operadores metroviários são responsáveis por todos os serviços dentro da estação, incluindo a venda das passagens, o auxílio a pessoas com deficiência, o monitoramento de câmeras e a prestação de informações. Por causa do baixo número de servidores, eles geralmente trabalham em dupla. A última seleção para o cargo ocorreu em 2013, e 420 pessoas aprovadas esperam desde então serem chamados pelo Metrô.
Fonte: G1
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