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Portugal enfrenta grandes incêndios florestais
Portugal continua nesta sexta-feira (22) os esforços para controlar incêndios florestais que devastaram regiões no centro do país, resultando em três mortes e destruindo quase 60.000 hectares, mesmo com a recente queda das temperaturas que ajudou a conter as chamas, de acordo com a Proteção Civil.
Quase 1.600 bombeiros estão mobilizados para combater os incêndios em Arganil, região central, com o suporte de aviões-tanque e helicópteros.
“Este pode ser o maior incêndio já registrado em Portugal”, afirmou Paulo Fernandes, professor do Departamento de Ciências Florestais na Universidade de Trás-os-Montes, referindo-se ao fogo que começou há cerca de 10 dias.
Desde quinta-feira, Portugal tem observado melhora no combate às chamas graças a temperaturas mais amenas, uma condição que deve persistir nos próximos dias.
Os incêndios causaram não apenas vítimas fatais e feridos graves, incluindo bombeiros, mas também destruíram casas e propriedades rurais.
O primeiro-ministro Luís Montenegro, alvo de críticas sobre a gestão da crise, defendeu as ações do governo, dizendo que “somente quem não conhece o país pode acreditar que é possível estar em todos os lugares ao mesmo tempo e antecipar o início e rápida disseminação de todos os incêndios”.
Após uma reunião especial com ministros, ele anunciou medidas emergenciais para ajudar as comunidades afetadas, como apoio financeiro para reconstrução de moradias e auxílio aos agricultores.
O líder do governo também destacou a importância de refletir sobre a administração das florestas e o atual sistema de proteção civil.
Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS) indicam que desde o começo do ano até agora, 276.000 hectares foram consumidos pelas chamas em Portugal.
Em 2017, mais de 563.000 hectares foram destruídos em incêndios que causaram 119 mortes.

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